Acessibilidade da comunidade surda a informações on-line sobre doenças epidêmicas e prevalentes no Brasil para promoção de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13n32p275-296

Palavras-chave:

Acessibilidade, Surdez, Educação em saúde

Resumo

O acesso às informações em saúde por minorias linguísticas é essencial para prevenção de doenças. O objetivo desta pesquisa foi analisar os sites sobre doenças epidêmicas e de alta prevalência no Brasil quanto à acessibilidade visual e lingüística para os surdos e a eficiência de tradutores on-line gratuitos da Língua de Sinais Brasileira em viabilizar o acesso fidedigno. A busca por tradutores on-line gratuitos resultou em 6 tradutores que foram avaliados segundo o tipo de tradução, presença de sinais e fidedignidade. A descrição textual não foi fidedigna, devido à impossibilidade de adaptação de termos que não possuem sinais na LSB. A importância deste estudo está em alertar para o fato de que a prevenção de doenças e proteção a saúde dos surdos podem ficar comprometidas se a informação acessada na internet não puder ser compreendida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clévia Fernanda Sies Barboza, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina de Petrópolis, Prefeitura de Petrópolis

Doutora em Ensino em Biociências e Saúde (EBS), Instituto Oswaldo Cruz - IOC - Fiocruz (2019). Mestre em Diversidade e Inclusão (CMPDI) pela Universidade Federal Fluminense - UFF - Niterói - RJ (2015). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Petrópolis - RJ (2002), graduação em Educação Física pela mesma instituição (2006), pedagoga pela Universidade Cruzeiro do Sul (2020), pós-graduação em Docência do Ensino Superior(2012) e pós - graduação em Gestão Escolar Integradora 840h (2018). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Inclusiva. Experiência com Libras, sendo professora bilíngue Português-Libras. Assistente de Esportes para Grupos Especiais e Idosos - Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de Petrópolis. Professora de Educação Física da Prefeitura Municipal de Petrópolis. Professora Auxiliar de Libras - FEBF/UERJ. Professora Assistente de Libras na FASE - Faculdade de Medicina de Petrópolis - Docente das disciplinas: Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia do Esporte, Estudos sobre Deficiências, Inclusão Social, Atividades Físicas e Saúde, docente da Licenciatura no curso de Enfermagem, também na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FASE).

Paula Alvarez Abreu, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, leciona nas disciplinas de Metodologia científica, Docência no ensino superior Micologia clínica e Modelagem molecular. Doutora em Neurociências pela Universidade Federal Fluminense. Possui graduação em Farmácia pela UFF (2006). Atualmente é membro do Programa de Pós-graduação em Produtos Bioativos e Biociências da UFRJ e tem projetos na área de desenvolvimento de novas ferramentas para ensino, divulgação científica em saúde nas redes sociais, educação inclusiva e Modelagem Molecular no planejamento de novos fármacos.

Helena Carla Castro, Universidade Federal Fluminense

Professora Titular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense em Niterói, coordena o Laboratório de Antibióticos, Bioquímica, Ensino e Modelagem molecular (LABiEMol). É Cientista do Nosso Estado -FAPERJ e Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq Nível 1. Possui graduação em Farmácia (1992) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutorado Sanduíche (concentração em Biologia e Modelagem Molecular em 2000) no Instituto de Bioquímica da UFRJ e na Universidade da Califórnia, Estados Unidos. Pós-doutoramento foi na área de Farmacologia na Faculdade de Farmácia da UFRJ. Tem experiência em microbiologia, modelagem molecular e bioquímica com ênfase na identificação de novos protótipos de antimicrobianos e produção de materiais didáticos inclusivos na perspectiva das pessoas com necessidades especiais.

Referências

BARBOZA, Clévia Fernanda Sies; CAMPELLO, Ana Regina Souza; CASTRO, Helena Carla. Sports, Physical education, Olympic games, and Brazil: the deafness that still should be listened. Creative Education, v. 6, n. 12, p.1386-1390, jul. 2015.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 15 jul. 2020.

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 ago. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2009/Decreto/D6949.htm. Acesso em: 15 jul. 2020.

BRASIL. Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2012. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 abr. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm. Acesso em: 15 jul. 2020.

CAMPELLO, Ana Regina. Pedagogia visual na Educação dos Surdos. Florianópolis. 2008. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

CAPOVILLA, Fernando Cesar; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário enciclopédico trilíngue: língua de sinais brasileira. São Paulo: EDUSP, 2001.

COLLING, João Paulo; BOSCARIOLI, Clodis. Avaliação de tecnologias de tradução português-libras visando o uso no ensino de crianças surdas. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 12, n. 2, p. 1-10, dez. 2014.

CORRADI, Juliane Adne Mesa. Ambientes informacionais digitais de usuários surdos: questões de acessibilidade. Marília: UNESP, 2007.

CORRADI, Juliane Adne Mesa; VIDOTTI, Silvana Aparecida Borsetti Gregorio. Elementos de acessibilidade em ambientes informacionais digitais: bibliotecas digitais e inclusão social. In: Seminário internacional de bibliotecas digitais Brasil, São Paulo, 2007.

DOS SANTOS, Rogério Gonçalves. Aplicativos de libras, problema ou solução? ArteFactum. Revista de estudos em linguagens e tecnologia. Artefactum Revista de estudos em linguagem e tecnologia, v. 14, n. 1, p. 1-16, 2017.

DUTRA, Thaís; BARBOZA, Clévia Fernanda Sies; CASTRO, Helena Carla. Dengue, Zika and Chicungunha: The use of a mathematic concept to develop an educational game for helping on fighting important viral diseases. Scholedge International Journal of Multidisciplinary & Allied Studies, v. 03, n. 7, p. 127-134, aug.2016.

FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Hélio Ferreira. Acessibilidade e inclusão social. Rio de Janeiro: Descubra, 2008.

FRACASSI, V. Memória de Tradução: Como Esses Programas Podem Afetar o Seu Trabalho. Disponível em: http://www.abrates.com.br/abreartigo.asp?onde= Memoria%20de%20Traducao.abr. Acesso em: 4 out, 2017.

GÓES, Maria Cecília Rafael. Linguagem, Surdez e Educação. São Paulo: Autores Associados, 4ª edição, 2012.

GUBLER, Duane; REITER, Paul. Surveillance and controlo f urban dengue vectors. In: GUBLER, D.J.; KUNO, G. Dengue and dengue hemorragic fever. New York: CAB International, 1997.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico: Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência – Rio de Janeiro, IBGE, 2010.

KATA, A. Anti-vaccine activists, Web 2.0, and the post-modern paradigm – An overview of tactics and tropes used online by the anti-vaccination movement. Vaccine, v. 30, n. 25, p. 3778– 3789, 2012.

KITUNEN, Suvi. Designing a deaf culture specific web site: Participatory design research for knack. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – University of Art and Design Helsinki, Finlândia, 2009.

LESSA, Ines, et al. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis. São Paulo: Hucitec, 1998.

MARINHO, Margot Latt. O ensino da Biologia o intérprete e a geração de sinais. 2007.Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

PERLIN, Gladis. Identidades surdas. In: SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.

QUADROS, Ronice Muller. Educação de surdos: A Aquisição da Linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.

QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

QUADROS, Ronice Muller; MASSUTTI, Mara. CODAs brasileiros: LIBRAS e Português em zonas de contato. In: QUADROS, Ronice M.; PERLIN, Gladis (Org.). Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara Azul, 2007.

REIS, Luana Silva. et al. Avaliação de usabilidade do aplicativo VLibras-Móvel com usuários Surdos. In: xiv workshop de trabalhos de iniciação científica (WTIC 2017), gramado, brasil. Anais do XXIII Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web: Workshops e Pôsteres. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2017.

REZENDE Edna Maria; SAMPAIO, Ivan Barbosa Machado and ISHITANI, Lenice Harumi. Causas múltiplas de morte por doenças crônico-degenerativas: uma análise multidimensional. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2004. v. 20. p. 1223-1231.

ROCHA Cleomar; MELGAÇO, Sarah Caetano. O uso de aplicativos para a tradução de Libras. In Anais do V Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas. UFG, 2018.

ROCHA Solange. O INES e a educação de surdos no Brasil. Rio de Janeiro: INES, 2008.

RUMJANECK, Vivian. O surdo e a ciência: aumentando a acessibilidade do jovem surdo ao conhecimento científico através do desenvolvimento de sinais técnicos/científicos em Língua Brasileira de Sinais. In: Congresso nacional de ensino de ciências e formação de professores (cecifop), Rio de Janeiro, 2017.

SAID, Gustavo Fortes, et al. Gestão de redes educacionais na cibercultura. Edufpi, 2016. 248 p.

SANTANA, Jamille Evelyn Rodrigues. Dicionário Virtual Bilíngüe: uma proposta para o ensino e aprendizagem de lógica de programação para surdos. Santo Amaro: IFBA, 2010.

WHO. World report on hearing. Geneva: World Health Organization; 2021. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

XATARA, Claudia. As dificuldades na tradução de idiomatismos. São José do Rio Preto: UNESP, 1998.

XAVIER, André Nogueira.; SANTOS, Thyago. Línguas de Sinais: abordagens teóricas e aplicadas a Iconicidade na criação de termos técnicos em Libras. Revista Leitura, v.1, n. 57, p. 60-103, jan./jun. 2016.

Downloads

Publicado

2021-08-31

Como Citar

BARBOZA, Clévia Fernanda Sies; ABREU, Paula Alvarez; CASTRO, Helena Carla. Acessibilidade da comunidade surda a informações on-line sobre doenças epidêmicas e prevalentes no Brasil para promoção de saúde. Debates em Educação, [S. l.], v. 13, n. 32, p. 275–296, 2021. DOI: 10.28998/2175-6600.2021v13n32p275-296. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/10935. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)