Clíticos em sentenças de redobro: contextos sintáticos, semânticos e discursivos do objeto redobrado por meio de um estudo comparativo
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202170.17-34Palavras-chave:
Pronomes clíticos. Redobro. Restrições sintático-semânticas. Contextos discursivosResumo
Objetiva-se analisar o redobro de clíticos pronominais, através de um estudo comparativo entre o Espanhol; Português Medieval; Português Clássico; Português Europeu; Português Brasileiro, assumindo uma abordagem gerativista. Nas ocorrências, a análise mostra que o redobro é condicionado por restrições impostas ao importe semântico-sintático do sintagma redobrado. Sintaticamente, em todas as variedades o objeto redobrado não pode ser um NP nu, devendo projetar uma capa funcional DP. Semanticamente, em Espanhol o objeto acusativo redobrado pode ser [+REFERENCIAL][+ESPECÍFICO] [+DEFINIDO] [+/-ANIMADO] [+/-HUMANO] [+/-EGO, +/-TU]. O dativo pode ser [+REFERENCIAL] [+/-ESPECÍFICO] [+/-DEFINIDO] [+/-ANIMADO] [+/-HUMANO] [+/-EGO, +/-TU]; Em Português Medieval, Português Clássico, Português Europeu, o objeto acusativo/dativo apresenta traços semânticos: [+REFERENCIAL][+ESPECÍFICO] [+DEFINIDO] [+ANIMADO] [+HUMANO] [+/-EGO, +/-TU]. Em PB, objeto direto ou indireto deve apresentar os traços semânticos [[+REFERENCIAL] [+ESPECÍFICO] [+DEFINIDO]], [+EGO, TU], com contextos que envolvam pessoas. Discursivamente no PB, o redobro pode ser explicado pela necessidade enfática, enquanto nas demais variedades, pela Topicalização/ Focalização.