Uma geometria de caso para o português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.201759.43-63Palavras-chave:
Teoria do Caso, sincretismo, pronomes, português brasileiro.Resumo
Este trabalho discute a realização de uma mesma forma pronominal em diferentes contextos sintáticos. De forma comparativa, desconstrói-se a ideia de caso com uma categoria determinante na distribuição pronominal. Demonstra-se como uma teoria tradicional de caso é insuficiente para lidar com sincretismo. Uma decomposição das categorias de caso é sugerida como uma solução ótima para a configuração de caso, levando em conta principalmente evidências de línguas como o inglês e o português brasileiro, que apresentam diferenças casuais apenas em seus pronomes pessoais. Caso, portanto, é tratado a partir de uma hierarquia de traços, nos moldes de Harley & Ritter (2002). Assim, as categorias de caso para o português brasileiro obedecem à geometria [C[OBL[GEN]]]. Um mecanismo de valoração destes traços é proposto e os diferentes outputs pronominais são o resultado deste mecanismo, o que explica o atual quadro pronominal no português.