O enunciado e a polifonia em Bakhtin
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.200230.237-253Palavras-chave:
Enunciado, dialogismo, polifonia, vozes, história, sujeito, sentidoResumo
Bakhtin inaugura uma nova perspectiva dos estudos de
linguagem, ao pensá-la em constante movimento, inacabada, dependente
de uma relação dialógica que acontece entre enunciados de diferentes
sujeitos falantes (o outro), como parte constitutiva do sujeito e do sentido.
Essas "outras vozes", presentes no enunciado, apontam para o diálogo
como constitutivo da linguagem e do discurso, deixando-se à mostra pela
polifonia ou mascarando-se no fenômeno do dialogismo. Essa é, então,
uma visão de sujeito produtor de discursos ideologicamente constituídos,
que antecipa a participação da história e da memória na produção de
sentidos.