Formação de professores de escrita de sinais
língua, cultura surda e inclusão
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2023v15n37pe14949Palavras-chave:
Formação de professores, Escrita de sinais, Letras-LibrasResumo
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é produzida pelas mãos e compreendida pela visão. Trata-se de um elemento linguístico e cultural da pessoa surda. Durante muito tempo acreditou-se que as línguas de sinais eram ágrafas, porém, desde 1972, as línguas de sinais passaram a ter um registro gráfico que documenta a história do povo surdo, descobertas, narrativas e produções cientificas. Este artigo objetiva descrever a formação de professores de Escrita de Sinais na Região Norte do Brasil, que atuam nas Licenciaturas em Letras Libras. A abordagem adotada foi a qualitativa, de natureza básica, cujos objetivos são delineados a partir da visão explicativa, numa perspectiva crítica dos dados, com base no referencial teórico. O procedimento se pautou na análise de campo, de entrevistas semiestruturadas realizadas com 6 participantes: 3 surdos e 3 não-surdos. As análises mostraram que as formações se dão de forma muito variável e com carga-horária diversificada. Há ainda pouca atenção à questão do letramento e da importância da Escrita de Sinais para a valorização da cultura surda. Concluímos, desse modo, que a disciplina Escrita de Sinais é muito importante como componente de formação de professores de Libras e para a educação de surdos, seja como sistema de registro linguístico, seja como marca de cultura e da identidade surda. Trata-se, como a maioria dos participantes da pesquisa ressaltaram, de um elemento de língua, de cultura e de inclusão da pessoa surda que reflete seu modo de ver o mundo, levando em conta suas características peculiares de visualidade.
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