Da graduação à pós-graduação: a emergência do Mestrado em Antropologia Social na UEM/Moçambique

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2019v11n23p463-483

Palavras-chave:

Ensino de Antropologia, Graduação e Pós-graduação em Moçambique.

Resumo

No presente artigo buscamos compreender a emergência recente da pós-graduação em Antropologia Social na UEM a partir de uma perspectiva histórica. Exploramos as razões/motivações que levaram à sua criação/emergência recente. Trata-se do primeiro programa de pós-graduação nesta área de conhecimento oferecido em uma instituição pública de ensino superior. Um dos principais argumentos que procuramos evidenciar, e como o título sugere, é que a pós-graduação emerge, por um lado, como continuidade da graduação em Antropologia e possibilidade de formação antropológica dentro do país, com vista a superar a lacuna na produção do conhecimento antropológico existente. Por outro lado, como uma possibilidade de ruptura em relação à dinâmica impressa anteriormente pelo curso de graduação, caracterizada pela rotina na reprodução do conhecimento antropológico através do ensino, no lugar de produção de conhecimento. Assim, a pós-graduação emerge como motor que pretende galvanizar a produção científica no campo da Antropologia em Moçambique, mas também, como uma resposta à demanda por antropólogos no país, quer ao nível das instituições do Estado (instituições de governo e de ensino públicas), assim como, privadas (ONGs, Organismos Multilaterais e Instituições do Ensino Superior Privadas etc.).

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Biografia do Autor

Hélder Pires Amâncio, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)


Possui Graduação em Antropologia, Mestrado em Antropologia Social e é doutorando mesma área na Universidade Federal de Santa Catarina. É pesquisar vinculado ao Núcleo de Estudos de Populações Indígenas e pesquisador afiliado ao Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane. Seus temas de interesse de pesquisa atualmente são: História da Antropologia; Educação, Infância e Diversidade.

Antonella Maria Imperatriz Tassinari, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1990) e doutorado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1998). Realizou estágio pós-doutoral no EREA (Centre Enseignement et Recherche en Ethnologie Amérindienne) em convênio com a Université de Paris X Nanterre (2005) e no Departamento de Antropologia da Universidade de Montréal, Canadá (2014/2015). É Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina, vinculada ao Departamento de Antropologia, onde desenvolve projetos de pesquisa e extensão vinculados ao NEPI (Núcleo de Estudos de Povos Indígenas). Tem atuação na Comissão de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas e no Colegiado do Curso de Licenciatura Indígena Intercultural do Sul da Mata Atlântica da UFSC, assumindo o cargo de Coordenadora do Curso de 2016 a 2018. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena e Antropologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: povos indígenas, infância e educação indígenas, identidade étnica, diversidade cultural e educação escolar, história e ensino de Antropologia

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Entrevistados , locais e datas de realização:

Ana Maria Loforte, docente aposentada de Antropologia do DAA/UEM, atualmente coordenadora para a área de formação da WLSA-Moçambique. Realizada em 05.04.2017 nos escritórios da WLSA por Hélder Pires Amâncio e Vera Gasparetto.

Elísio Jossias, docente e coordenador do Mestrado em Antropologia Social da UEM. Realizada em 16.04. 2018 no DAA/EM por Hélder Pires Amâncio

Sandra Manuel docente de Antropologia e assessora do Reitor da UEM. Realizada em 28.03.2018 nos escritórios da KALEIDOSCÓPIO – Pesquisa em Cultura e Políticas Públicas por Hélder Pires Amâncio.

Johane Zonjo, docente de Antropologia do DAA/ UEM e funcionário da presidência da República de Moçambique. Realizada em 03.04.2018 no DAA/UEM por Hélder Pires Amâncio.

Perfil dos entrevistados: Mestres e doutores, com experiência de pesquisa e docência em Antropologia, formados em diferentes escolas/tradições de pensamento e países (Moçambique, Portugal, África do Sul, Inglaterra, França). Alguns com formação de base em história/letras e filosofia e depois Antropologia e outros com a formação integral em Antropologia.

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Publicado

2019-04-25

Como Citar

AMÂNCIO, Hélder Pires; TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. Da graduação à pós-graduação: a emergência do Mestrado em Antropologia Social na UEM/Moçambique. Debates em Educação, [S. l.], v. 11, n. 23, p. 463–483, 2019. DOI: 10.28998/2175-6600.2019v11n23p463-483. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/7277. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Ensino de Antropologia"

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