O disciplinamento heterossexista no conto A moralista de Dinah Silveira de Queiroz
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202066.323-335Palavras-chave:
A moralista. Disciplinamento heterossexista. Performatividade de gênero. Masculinidade. HomofobiaResumo
No conto A moralista, da escritora brasileira Dinah Silveira de Queiroz (1980), publicado originalmente em 1957, uma narradora rememora como sua mãe se tornou uma moralista na pequena cidade fictícia chamada Laterra. Exercendo o papel de uma conselheira comportamental e moral, a mãe da narradora reverbera os ideais da pastoral cristã e dos paradigmas heterossexistas e patriarcalistas que perpassam e regulam as relações sociais de Laterra. O conflito principal do conto ocorre com o surgimento de um rapaz percebido por essa sociedade como “viciado”, por não se adequar totalmente aos ideais performativos de masculinidade, que faz com que a moralista tente discipliná-lo e conformá-lo aos padrões tradicionais de gênero. E é exatamente sobre esse conflito narrativo que este artigo se debruça hermeneuticamente, dialogando com as leituras de Suely Leite (2012), Carlos Eduardo Albuquerque Fernandes (2012) e Patrícia Sheyla Bagot de Almeida (2017). Embaso teoricamente minha crítica literária em reflexões sobre a homofobia desenvolvidas por Didier Eribon (2008) e Daniel Borrillo (2016), em postulações de Michel Foucault (2012, 2014, 2015, 2016a, 2016b, 2016c, 2016d) sobre o poder disciplinar e seus dispositivos, e no conceito de performatividade de gênero de Judith Butler (2003).Downloads
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Publicado
2020-12-12
Como Citar
GRIECO, Frédéric. O disciplinamento heterossexista no conto A moralista de Dinah Silveira de Queiroz. Revista Leitura, [S. l.], n. 66, p. 323–335, 2020. DOI: 10.28998/2317-9945.202066.323-335. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/10571. Acesso em: 4 dez. 2024.
Edição
Seção
Estudos Literários