Distribuição e leitura referencial de sujeitos nulos e plenos em línguas pro-drop e não prodrop: evidências da natureza semi-pro-drop do português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.201147.15-41Palabras clave:
Parâmetro do Sujeito Nulo, Distribuição dos sujeitos, Leitura referencial, PortuguêsResumen
Um dos parâmetros que tem sido sobejamente investigado no quadro da gramática gerativa refere-se ao Parâmetro do Sujeito Nulo (cf. CHOMSKY, 1981; RIZZI, 1988, 1997, dentre outros), cuja fixação distingue línguas em que a posição sujeito é obrigatoriamente preenchida por um elemento realizado foneticamente (línguas não-pro-drop) (ex.: inglês e francês) de línguas em que essa posição pode ser ocupada por uma categoria pronominal não realizada foneticamente, nomeadamente pro (línguas pro-drop) (ex.: português europeu (PE) e italiano). Sob essa perspectiva de análise, a distinção entre esses dois tipos de línguas reflete a natureza binária do parâmetro. Não obstante, neste artigo, objetivo, a partir da análise descritiva a ser realizada entre o português brasileiro (PB) e as línguas supracitadas, apresentar evidências a favor da não-binaridade desse parâmetro, tendo em vista o PB comportar-se como uma língua semi-pro-drop (cf. COELHO et al., 2001; SILVA, 2004), resultado possivelmente do processo de mudança por que está passando sua gramática.