O recreio escolar e as experiências das crianças

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2018v10n22p21-34

Palabras clave:

Ludicidade. Recreio escolar. Anos Iniciais. Tempo e espaços.

Resumen

Este artigo objetiva analisar o modo como as crianças brincam no momento do recreio escolar numa determinada Escola Municipal dos Anos Iniciais de um município do Vale do Taquari/RS. A partir de observações ao longo dos recreios escolares, analisou-se como ocorriam as brincadeiras entre as crianças, bem como a organização dos tempos e espaços escolares durante esse momento. Com o intuito de enriquecer a análise, foram realizadas entrevistas com cinco crianças entre sete a dez anos de idade e questionários envolvendo três professores dos Anos Iniciais. Além disso, utilizou-se um diário de campo como instrumento para registrar falas das crianças com seus colegas e professores, bem como as impressões em relação às brincadeiras durante o recreio escolar. Autores como Ferreira (1999), Cavallari (1994), Corazza (2002), Brougère (1998), Benjamin (1984) e Sarmento (2004) sustentam as abordagens teóricas acerca da infância e da ludicidade.  Ao final, concluiu-se que a escola deve priorizar o brincar, não apenas no recreio, mas também na sala de aula e nos demais espaços escolares. Em relação ao recreio, algumas restrições podem ser evitadas, negociando e debatendo com as crianças questões que lhes dizem respeito nos seus modos de brincar. Ao mesmo tempo, concluiu-se ser muito importante adultos brincarem e interagirem com as crianças, a fim de conhecer mais sobre as culturas da infância.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carine Rozane Steffens, Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES)

Pedagoga – Universidade do Vale do Taquari UNIVATES/Lajeado-RS. Professora na Escola de Educação Infantil Bem Querer/Capitão-RS.

Claúdia Inês Horn, Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES)

Doutora em Educação – UNISINOS. Mestre em Educação – UFRGS. Professora do Curso de Pedagogia – Departamento de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Vale do Taquari UNIVATES/Lajeado-RS. Professora da Disciplina Ludicidade e Educação”.

Citas

AMARAL, Alessandra. MICHEL, Caroline Braga. SILVA, Méri Rosane. Recreio escolar e interações infantis: potência de produção? Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul. IX AMPED SUL 2012.

BARROS, Flávia Cristina Oliveira Murbach de. Cadê o brincar?: da educação infantil para o ensino fundamental. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Summus, 1984.

BROUGÈRE, Gilles. A invenção do jogo educativo. In: BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 103-125.

CARVALHO, Ana Margarida. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.

CAVALLARI, Vinícius Ricardo. ZACARIAS, Vany. Trabalhando com recreação. 2 ed. São Paulo: Ícone. 1994.

CORRAZA, Sandra Mara. Infância & Educação: era uma vez... quer que conte outra vez? Petrópolis: Vozes, 2002.

CRUZ, Tânia Mara; CARVALHO, Marília Pinto de. Jogos de gênero: o recreio numa escola de ensino fundamental. Cadero Pagu, Campinas, n. 26, p. 113-143, jun. 2006.

DELGADO, Ana Cristina Coll e MÜLLER, Fernanda. Em busca de metodologias investigativas com as crianças e suas culturas. Cadernos de Pesquisa, v.35, nº 125, p. 161 -179. Maio/Ago, 2005.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1999.

FERREIRA, Manuela. Do “avesso” do brincar ou ... as relações entre pares. In: MANUEL, M. J. ; CERISARA, A.B. Crianças e miúdos: perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto, Portugal: Asa Editores, 2004.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU, 2012.

HORN, Cláudia Inês; SILVA, Jacqueline S.; POTHIN, Juliana. Brincar e Jogar: Atividades com materiais de baixo custo. Porto Alegre: Editora Mediação, 2007.

MAGNANI, José G. Cantor. O (velho e bom) caderno de campo. Revista Sexta-feira. São Paulo, n. 1, maio de 1997.

MOYLES, Janet. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SARMENTO, Manuel Jacinto. As culturas da infância nas encruzilhadas da Segunda Modernidade. In: Sarmento, M. J.; Cerisara, A.B. Crianças e miúdos: perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto, Portugal: Asa Editores, 2004.

VEIGA-NETO, Alfredo. De geometrias, currículo e diferenças. Revista Educação e Sociedade. v. XXIII, n. 79, ago. 2002, p. 163-186.

WENETZ, Ileana. Gênero e sexualidade nas brincadeiras do recreio. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano – Representações Sociais do Movimento Humano) – Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

WINKIN, Yves. A nova comunicação: da teoria ao trabalho de campo. Campinas: Papirus Editora, 1998.

WÜRDIG, Rogério Costa. Brigar: um dos sentidos do recreio? Revista Educação Unisinos, Universidade Federal de Pelotas/RS. 185-192 maio/agosto 2014.

Publicado

2018-12-21

Cómo citar

STEFFENS, Carine Rozane; HORN, Claúdia Inês. O recreio escolar e as experiências das crianças. Debates em Educação, [S. l.], v. 10, n. 22, p. 21–34, 2018. DOI: 10.28998/2175-6600.2018v10n22p21-34. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/3906. Acesso em: 23 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos

Artículos similares

<< < 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.