Professoras alfabetizadoras carregando leitura e escrita na peneira, no contexto da pandemia e pós-pandemia de Covid-19

reflexões entre as águas do Marajó e do Pantanal

Résumé

O artigo reflete sobre as vivências e experiências de professoras alfabetizadoras no contexto da pandemia e pós-pandemia de dois estados do Brasil que compõem a pesquisa nacional da rede de pesquisa em alfabetização – AlfaRede: Pará e Mato Grosso do Sul, a partir da análise de uma live. Tomou-se como procedimentos: (i) transcrição da live na íntegra; (ii) leitura flutuante; (iii) categorização em núcleos de compreensão a partir das recorrências e singularidades presentes nos relatos de cada professora que foi transcrita na íntegra e categorizada em núcleos de compreensão, apontando recorrências e singularidades presentes nos relatos de cada uma delas. Da análise empreendida, foi possível identificar elementos importantes tais como: (i) a necessidade de se reinventar, inovar, ressignificar cada ação, planejamento, intencionalidade diante dos desafios. (ii) o respeito ao desenvolvimento integral da criança, sendo explícita a clareza das professoras quanto à importância da ludicidade e à concepção de aprendizagem e de alfabetização. (iii) A literatura infantil como eixo articulador nas ações relativas à apropriação da leitura e da escrita que também se destacou tanto no período da pandemia quanto no retorno das aulas de forma presencial.  O trabalho autoral, colaborativo e coletivo permitiu um movimento dialógico e reflexivo, de cuidado com o processo de ensino e aprendizagem e com as pessoas envolvidas no percurso formativo. Reafirma-se, portanto, cada vez mais, a necessidade de potencializar o diálogo entre os(as) docentes da universidade e da escola, das secretarias estaduais e municipais de educação na garantia ao direito humano à leitura, à escrita e à literatura.