"Ao farol", de Virginia Woolf, e a memória coletiva e individual
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202170.173-183Palavras-chave:
Ao Farol, Virginia Woolf, memória, literatura inglesa.Resumo
O presente ensaio busca relacionar os conceitos de memória encontrados em Maurice Halbwachs (2006) e Jacques Le Goff (2013) na presença de lembranças no livro Ao Farol (2013), marco do modernismo e um dos mais célebres romances de Virginia Woolf. Para tal, introduziremos algumas questões básicas sobre memória coletiva, individual e histórica, de modo a refletir como a situação histórica e socioeconômica do Reino Unido no tempo-espaço do romance (antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial e o declínio da Era Vitoriana) se comporta nas memórias de Lily Briscoe e nos comportamentos de Sra. Ramsay, as grandes personagens femininas da trama, e dos demais personagens de "Ao Farol". Falar-se-á brevemente sobre os aspectos históricos do ambiente o qual as personagens compartilham, assim como se fará uma breve recapitulação sobre a criação da coletividade através de Freud (2018), com o intuito de aprofundar-se na questão da memória coletiva.