A pesquisa como princípio pedagógico no ensino de química

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2022v14n34p390-410

Palavras-chave:

Dicumba, Aprender pela Pesquisa, Ensino

Resumo

Neste artigo relata-se, a partir das concepções de alunos da Educação Básica, as potencialidades da utilização da metodologia Dicumba – Desenvolvimento Cognitivo Universal-Bilateral da Aprendizagem – no ensino de química, enfatizando a necessidade de desenvolver e de fomentar a criticidade e a autonomia discente a partir do conhecimento científico. Para tanto, nesta pesquisa de cunho qualitativo de viés investigativo, os dados foram coletados por meio de um formulário online, desenvolvido na plataforma Google Forms e disponibilizado a 26 alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública do Estado do Rio Grande do Sul/Brasil. O formulário online que apresentava 4 sentenças na escala de Likert de seis graus foi enviado aos alunos por meio de um Link via grupo no WhatsApp. Os dados analisados qualitativamente foram interpretados à luz das concepções teóricas de estudiosos da área, bem como de forma estatística por meio de gráficos e de quadros. Ao término da pesquisa, constatou-se que a metodologia Dicumba é significativa por estimular a aprendizagem centrada no aluno como pessoa, propiciando-o o amadurecimento da autonomia intelectual, o aperfeiçoamento da consciência crítica e a mobilização de pensamentos cognitivos em relação ao macro e ao microconhecimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Bello Dunker, Universidade Federal do Paraná

Licenciando em Química; Bolsista de Iniciação Científica CNPQ.

Everton Bedin, Universidade Federal do Paraná

Graduado em Química Licenciatura Plena pela Universidade de Passo Fundo - UPF (2009). Especialista em Tecnologia de Informação e Comunicação na Educação - TICEDU - pela Universidade Federal de Rio Grande - FURG (2014), Gestão Educacional pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2018) e em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Faculdade Dom Alberto (2018). Mestre em Educação em Química pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2012). Doutor em Educação em Ciências: química da vida e saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2015). PhD pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - no Programa de Pós-graduação: Educação em Ciências: química da vida e saúde, onde desenvolveu a metodologia DICUMBA - Desenvolvimento Cognitivo Universal-bilateral da Aprendizagem. Atualmente é professor permanente no Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e nos Programas de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática (PPGECM) e no Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). Possui experiência na área de Química com ênfase em Química, trabalhando, principalmente, nos temas: formação docente, ensino-aprendizagem, TICs, interdisciplinaridade e metodologias de ensino.

Referências

BARBOSA, M. F. A noção de ser no mundo em Heidegger e sua aplicação na psicopatologia. Psicologia: ciência e profissão, v. 18, n. 3, p. 2-13, 1998. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931998000300002. Acesso em: 17 jun. 2020.

BEDIN, E. A emersão da interdisciplinaridade no ensino médio politécnico: relações que se estabelecem de forma colaborativa na qualificação dos processos de ensino e aprendizagem à luz das tecnologias de informação e comunicação. Tese (Doutorado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, 2015. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/126836. Acesso em: 12 jul. 2020.

BEDIN, E. Do algodão doce à bomba atômica: avaliações e aspirações do aprender pela pesquisa no ensino de Química. Debates em Educação, v. 12, n. 27, p. 236-253, 2020. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/9587. Acesso em: 17 jun. 2020.

BEDIN, E. Dicumba e a Alfabetização Científica no Ensino de Ciências. Humanidades & Inovação, v. 8, n. 38, p. 192-208, 2021. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2927. Acesso em: 17 ago. 2021.

BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. A metodologia Dicumba como uma tempestade de possibilidades para o desenvolvimento do ensino de Química. Revista Brasileira De Ensino De Ciências E Matemática, Passo Fundo, v. 1, n. 1, p. 65-84, jan./jun. 2018a. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbecm/article/view/8479/pdf. Acesso em 30 abr. 2020.

BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. DICUMBA - el aprender por la investigación en el aula: los saberes científicos de química en el contexto sociocultural del alumno. Góndola, enseñanza y aprendizaje de las ciencias, v. 13, n. 2, 2018b. Disponível em: https://revistas.udistrital.edu.co/ojs/index.php/GDLA/article/view/13055/pdf. Acesso em 20 abr. 2020.

BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. DICUMBA: A uma proposta metodológica de ensino a partir da pesquisa em sala de aula. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 21, 2019a. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172019210103. Acesso em 30 abr. 2020.

BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. Das Incertezas às Certezas da Pesquisa não Arbitrária em Sala De Aula Via Metodologia Dicumba. Currículo sem Fronteiras, v. 19, n. 3, p. 1358-1378, 2019b. Disponível em: http://curriculosemfronteiras.org/vol19iss3articles/bedin-delpino.pdf. Acesso em 20 abr. 2020.

BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. La movilización de competencias y el desarrollo cognitivo universal-bilateral del aprendizaje en la enseñanza de las ciências. Revista Paradigma. (Edición Cuadragésimo Aniversario: 1980-2020)(XLI), 2020, p. 360-383. Disponível em: https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.0.p360-383.id804. Acesso em: 7 jul. 2020.

CARDOSO, S. P.; COLINVAUX, D. Explorando a motivação para estudar química. Química Nova, v. 23, n. 3, p. 401-404, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/qn/v23n3/2827.pdf. Acesso em: 04 jun. 2020.

FINGER, I.; BEDIN, E. A contextualização e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem da ciência química. Revista Brasileira de Ensino de Ciências e Matemática, v. 2, n. 1, p. 8-24, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5335/rbecm.v2i1.9732. Acesso em: 04 jun. 2020.

FINO, C. N. Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de educação, v. 14, p. 273-291, 2001. Disponível em: https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/799/1/Fino%207.pdf. Acesso em: 06 jun. 2020.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

FORGUIERI, Yolanda Cintrão. Psicologia fenomenológica: fundamentos, método e pesquisa. São Paulo: Pioneira, 1993.

GALIAZZI, M. C.; MORAES, R. Educação pela pesquisa como modo, tempo e espaço de qualificação da formação de professores de ciências. Ciência & Educação (Bauru), v. 8, n. 2, 2002, 237-252. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-73132002000200008. Acesso em: 10 jul. 2020.

MAGALHÃES, J. Processos de construção sociais, movimentos autogestionários e consciência crítica. Revista ORG & DEMO, Marília, v. 5, n. 2, 2004, p. 229-246. Disponível em: https://www2.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/413. Acesso em: 13 jul. 2020.

RANGEL, F. Z.; BEDIN, E.; DEL PINO, J. C. Dicumba-uma metodologia para o Ensino de Química: avaliação, tendência e perspectiva. XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XIIENPEC – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/enpec/xii-enpec/anais/resumos/1/R0598-1.pdf. Acesso em: 5 jul. 2020.

ROGERS, C. R. Freedom to learn. Columbus, Ohio: Charles Merril, 1969. In: KONOPKA, C. L. A aprendizagem na concepção humanista de Carl Rogers e sua contribuição para o desenvolvimento das atitudes dos estudantes de graduação em medicina da UFSM. (Tese de Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, UFSM. 2015.

Downloads

Publicado

2022-04-27

Como Citar

DUNKER, Eduardo Bello; BEDIN, Everton. A pesquisa como princípio pedagógico no ensino de química. Debates em Educação, [S. l.], v. 14, n. 34, p. 390–410, 2022. DOI: 10.28998/2175-6600.2022v14n34p390-410. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/12004. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.