Estágio de docência como práxis e diálogo no contexto da Pós-Graduação Stricto Sensu

Autores

  • Jonatas Da Silva Santos Univali
  • Ademar de Lima Carvalho Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2023v15n37p1-14.e14190

Palavras-chave:

Estágio de docência, Práxis, Diálogo, Formação

Resumo

O estágio de docência na pós-graduação stricto senso, no Brasil, é obrigatório para todos os pós-graduandos do Programa de Demanda Social (DS) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Este artigo, por meio da metodologia da pesquisa bibliográfica, problematiza as razões para realização do estágio de docência no contexto da pós-graduação stricto sensu, postulando a importância da práxis e do diálogo como fundamentos da formação docente. Argumenta-se que o estágio de docência integra a formação de mestrandos e doutorandos da pós-graduação stricto sensu, proporcionando a possibilidade de criar a correlação entre teoria e prática pela participação direta na realidade da graduação acadêmica e pela aproximação com os atributos fundamentais que constituem a docência. Os resultados apontaram a relação entre os atos normativos fundantes do Programa de Demanda Social (DS) da CAPES e o estágio de docência, enquanto obrigação do pós-graduando bolsista, bem como  a importância de conceber o estágio de docência como práxis e diálogo não somente para inserir o estagiário na sala de aula dos cursos de graduação, mas principalmente para superar a dicotomia entre ação e reflexão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ademar de Lima Carvalho, Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)

Professor Titular I no Departamento de Educação e programa de Pós-Graduação em Educação (UFR/MT). Doutorado em Educação (UNESP).

Referências

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2010.

ARAÚJO, O. H. A. O estágio como práxis, a pedagogia e a didática: que relação é essa?. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 14, p. 1-15, 2020. Disponível em: https://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/3096/931. Acesso em 28 set. 2022.

ARAÚJO, O. H. A.; MARTINS, E. S. Estágio curricular supervisionado como práxis: algumas perguntas e possíveis respostas. Reflexão e Ação (versão eletrônica), v. 28, n. 1, p. 191-203, 2020. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/12902. Acesso em 3 out. 2022.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 29 set. 2022.

_____. Ministério da Educação (MEC). Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Portaria n. 17, de 10 de março de 1998. Aprova o regulamento do Programa de Demanda Social constante do anexo a esta Portaria. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 abr. 1998. Seção 1, p. 28.

_____. Ministério da Educação (MEC). Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Portaria n. 52, de 26 de maio de 2000. Aprova o regulamento do Programa de Demanda Social constante do anexo a esta Portaria. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 ago. 2000. Seção 1, p. 30-31. Disponível em: http://cad.capes.gov.br/ato-administrativo-detalhar?idAtoAdmElastic= 4143#anchor. Acesso em: 26 set. 2022.

_____. Ministério da Educação (MEC). Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Portaria n. 52, de 26 de setembro de 2002. Aprova o regulamento do Programa de Demanda Social constante do anexo a esta Portaria. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 set. 2002. Seção 1, p. 25-26. Disponível em: http://cad.capes.gov.br/ato-administrativo-detalhar?idAtoAdmElastic= 779#anchor. Acesso em: 26 set. 2022.

_____. Ministério da Educação (MEC). Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Portaria n. 76, de 14 de abril de 2010. Aprova o novo regulamento do Programa de Demanda Social constante do anexo a esta Portaria. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 abr. 2010. Seção 1, p. 31-31. Disponível em: http://cad.capes.gov.br/ato-administrativo-detalhar?idAtoAdmElastic=741#anchor. Acesso em: 26 set. 2022.

CARVALHO, A. L. Os caminhos perversos da educação: a luta pela apropriação do conhecimento no cotidiano da sala de aula. Cuiabá: EdUfmt, 2005.

FRANCO, M. A. S. Pedagogia como ciência da educação. 2. ed. revisada e ampliada. São Paulo: Cortez. 2008.

_____. Prática pedagógica e docência: um olhar a partir da epistemologia do conceito. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. v. 97, n. 247, p. 534-551, 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S2176-6681/288236353>. ISSN 2176-6681. https://doi.org/10.1590/S2176-6681/288236353. Acesso em: 5 out. 2022.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 50. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

_____. Professora sim, tia não: cartas a quem ousar ensinar. 10. ed. São Paulo: Olho d’água, 2000.

JOAQUIM, N. F.; VILAS BOAS, A. A.; CARRIERI, A. P. Estágio docente: formação profissional, preparação para o ensino ou docência em caráter precário?. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 351-365, abr./jun. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/wZvDC8QVWmL3VXk6mp7kXRP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 3 out. 2022.

LOURENÇO, C. D. S.; LIMA, M. C.; NARCISO, E. R. P. Formação pedagógica no ensino superior: o que diz a legislação e a literatura em Educação e Administração?. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas; Sorocaba, SP, v. 21, n. 3, p. 691-717, nov. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/LnBRp8XwNRj5Dx5WGC33ZTS/?lang=pt#ModalArticles. Acesso em: 02 out. 2022.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

PAIVA, P. R. Evasão de ex-bolsistas do Programa de Demanda Social da Capes. 2021. (Doutorado em Educação em Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde do Instituto de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.

PAIVA, P. R.; SOUSA, N. H. B.; SOUZA, D. O. G. Características do programa de demanda social da CAPES. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.1, p. 2050-2065, jan. 2021. Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/22768. Acesso em: 7 out. 2022.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis Pedagógica. v. 3, n. 3 e 4, p. 5-24, 2006. Disponível em: https://revistas.ufg.br/index.php/poiesis/article/view/10542. Acesso em: 2 out. 2022.

VEIGA, I. P. A. “Didática da educação superior: construindo, caminhos para a prática pedagógica”. In: CANDAU, V. M.; CRUZ, G. B.; FERNANDES, C. (orgs.). Didática e fazeres-saberes pedagógicos: diálogos, insurgências e políticas. Petrópolis: Vozes, 2020.

Downloads

Publicado

2023-02-02

Como Citar

DA SILVA SANTOS, Jonatas; CARVALHO, Ademar de Lima. Estágio de docência como práxis e diálogo no contexto da Pós-Graduação Stricto Sensu. Debates em Educação, [S. l.], v. 15, n. 37, p. 1–14.e14190, 2023. DOI: 10.28998/2175-6600.2023v15n37p1-14.e14190. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/14190. Acesso em: 16 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: O estágio de docência nos programas de pós-graduação stricto sensu

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.