A interpretação do conhecimento biológico e a escola como ferramentas transfóbicas

Autori

  • Daniel Delgado Queissada Centro Universitário AGES
  • Edinando Neto Gonçalves Rede Municipal de Lagarto/SE

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2023v15n37pe13765

Parole chiave:

Corpos dissidentes, Debate de gênero, Transfobia

Abstract

A transfobia está enraizada no espaço educacional e acaba sendo validada diariamente, dificultando a permanência de corpos dissidentes nesse ambiente. A interpretação do conhecimento biológico é outra ferramenta que auxilia nesse processo, sendo utilizada para julgar os corpos como normais ou patológicos. Os objetivos foram analisar o emprego inadequado de conhecimentos biológicos para sustentar discursos transfóbicos nas escolas, conhecer as consequências de um ensino excludente e identificar alternativas para um ambiente mais inclusivo e diverso. Trata-se de uma Revisão Bibliográfica Sistemática oriunda de um trabalho monográfico, com temporariedade de 10 anos, seguindo os parâmetros PRISMA. Identificou-se que os conhecimentos biológicos são empregados de forma a categorizar corpos trans, impondo o que devem fazer, quais são seus direitos e quais locais devem frequentar. No espaço escolar, a infraestrutura é planejada para atender apenas as pessoas cisgêneros. Isso pode ser percebido em atitudes simples, como a recusa em reconhecer as pessoas trans e trav pelo nome social e o impedimento do uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero. A falta de preparo dos docentes e da gestão para lidar com a temática, e a ausência do debate de gênero no currículo escolar e em documentos educacionais, como a BNCC e o PNE sustentam a transfobia. Nesse contexto, os alunos cis desenvolvem certa repulsa pelos alunos trans e trav, excluindo-os do convívio social e educacional. Assim, há necessidade de incluir esse tema nesses documentos para serem debatidos. Além disso, a capacitação da gestão e dos docentes e a inclusão do tema nos cursos de graduação são aspectos altamente importantes.

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Pubblicato

2023-06-05

Come citare

QUEISSADA, Daniel Delgado; GONÇALVES , Edinando Neto. A interpretação do conhecimento biológico e a escola como ferramentas transfóbicas. Debates em Educação, [S. l.], v. 15, n. 37, p. e13765, 2023. DOI: 10.28998/2175-6600.2023v15n37pe13765. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/13765. Acesso em: 21 nov. 2024.

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