O software GCompris e os multiletramentos no cenário escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n27p744-761

Palavras-chave:

Tecnologias digitais. GCompris. Multiletramentos

Resumo

O avanço tecnológico vem provocando mudanças nas práticas socioculturaisque fazem surgirnovas demandas educativas, como o desenvolvimento de multiletramentos e habilidades a eles associadas. Nesse sentido, buscamos analisar as contribuições do software GCompris nos processos de multiletramentos de crianças de uma escola municipal de Campina Grande-PB. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que contemplou observação, entrevistas semiestruturadas e análise técnica e pedagógica do GCompris, utilizando um instrumento desenvolvido pelo grupo de pesquisa em Tecnologia Digital e Aquisição do Conhecimento [AVALIAÇÃO CEGA]. Os dados obtidos na análise e na observação do uso do GCompris pelos alunosrevelaram algumas lacunas técnicas e pedagógicas, potencialidades educativas e contribuições desse recurso para os multiletramentose a necessidade de capacitar docentes para desenvolverem práticas pedagógicas que atendam às novas demandas sociais e tecnológicas dos estudantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Filomena Maria Cordeiro Moita, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Doutora em Educação, na área de concentração em Educação Comunicação e Cultura (UFPB), foi bolsista CAPES e fez doutorado sandwish na Universidade de Lisboa. Atua como Professora Dra. Associada D, com agregação na Universidade Estadual da Paraíba e pertence ao corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática PPGECEM/UEPB. É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Tecnologia Digital e Aquisição do Conhecimento – TDAC. Desenvolve pesquisas com ênfase em tecnologias digitais e formação docente, tecnologias assistivas, ensino de Ciências e em Educação Matemática, com interface com outras ciências numa perspectiva translacional, inter e transdisciplinar.

Lucas Henrique Viana, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Mestrando em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com bolsa financiada pela CAPES. Graduado em Licenciatura Plena em Matemática pela UEPB. Foi bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq, cotas 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017. Participa como membro do grupo de pesquisa Tecnologias Digitais e Aquisição do Conhecimento – TDAC, no qual vem realizando estudos e publicações a nível nacional e internacional.

Maria Rosilene Gomes Flor, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFCG. Graduada em GEOGRAFIA pela Universidade Estadual da Paraíba (2009). Graduada em PEDAGOGIA pela Universidade Federal da Paraíba (2015). Pós-graduada em Orientação e Supervisão Educacional pela Faculdade Integrada de Patos (2014) e em Tecnologias Digitais na Educação pela UEPB (2019). Atua como professora da educação básica na rede municipal de ensino de Campina Grande-PB.

Referências

ALVES, Lynn; NERY, Jesse. (orgs.). Jogos eletrônicos, mobilidades e educações: trilhas em construção. Salvador: EDUFBA, 2015.

ANDRÉ, Marli; GATTI, Bernadete A. Métodos qualitativos de pesquisa em Educação no Brasil: origens e evolução. In: Metodologias da Pesquisa Qualitativa em Educação:teoria e prática. Petrópolis: Vozes, 2010. Disponível em: https://www.uffs.edu.br/pastas-ocultas/bd/pro...pesquisa-e...pesquisa.../file. Acesso em: 06 ago. 2018.

BRASIL. Ministério da educação e cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica - Lei nº 9394/96. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 09 set. 2019.

BRASIL. Lei Nº 11.274/2006. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2006/lei-11274-6-fevereiro-2006-540875-publicacaooriginal-42348-pl.html. Acesso em: 09 Set. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é base. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase. Acesso em: 10 jun. 2019.

CANEN, Ana; XAVIER, Giseli Pereli. Formação continuada de professores para a diversidade cultural: ênfases, silêncios e perspectivas. Revista Brasileira de Educação. v. 16, n. 48, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n48/v16n48a07.pdf. Acesso em: 10 mai. 2019.

COELHO, Patricia Margarida Farias; COSTA, Marcos Rogério Martins; NETO, João Augusto Mattar. Saber digital e suas urgências: reflexões sobre imigrantes e nativos digitais. Educação e Realidade. v. 43, n. 3, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/edreal/v43n3/2175-6236-edreal-2175-623674528.pdf. Acesso em: 14 jan. 2020.

COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. Multiliteracies: new literacies, new learning. 2009. Disponível em: http://newlearningonline.com/files/2009/03/m-litspaper13apr08.pdf. Acesso em: 29 ago. 2019.

FANTIN, Monica. “Nativos e imigrantes digitais” em questão: crianças e competências midiáticas na escola. Revista Passagens. v. 7, v. 1, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/passagens/article/view/3652. Acesso em: 14 jan. 2020.

GCompris. Disponível em: https://gcompris.net/index-pt_BR.html. Acesso em: 02 jul. 2019.

GEE, James Paul. Bons Videojogos + Boa Aprendizagem. Coletânea de ensaios sobre os videojogos, a aprendizagem e a literacia. Tradução de Maria de Lemos Teixeira. Portugal: Edições Pedago, 2010.

KLEIMAN, Angela B. Letramento na contemporaneidade. Bakhtiniana. São Paulo: UNICAMP, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bak/v9n2/a06v9n2.pdf. Acesso em: 16 mai. 2019.

KOSMALISKI, Bárbara Carvalho. O Software GCompris Apoiando A Aprendizagem:estudo de caso com criança com síndrome de Down. Trabalho de conclusão de Curso de Especialização em Mídias na Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/95941. Acesso em 16 mai. 2019.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 1996.

LUZ, Gládis Nunes da; RODRIGUES, Alessandra Pereira. O laboratório de informática e a alfabetização. In: TAROUCO, Liane Margarida Rockenbach; ABREU, Cristiane de Souza (Org.). Mídias na Educação:a pedagogia e a tecnologia subjacentes.Porto Alegre: Editora Evangraf: Criação Humana, UFRGS, 2017.

MOITA, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro. Game on: jogos eletrônicos na escola e na vida da geração @. Campinas-SP: Alínea, 2007.

MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

NASCIMENTO, Cátia Almeida. O Uso do Software GCompris Como Ferramenta Pedagógica no Processo de Ensino e Aprendizagem em uma Perspectiva Inclusiva. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade de Brasília, 2017. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/31702. Acesso em: 13 mai. 2019.

NETO, Adolfo Tanzi (et al.). Multiletramentos em ambientes educacionais. In: ROJO, Roxane (org.). Escol@ Conectada: os multiletramentos e as TICS. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2013.

OLIVEIRA, Verônica Alves de; CRUZ, Breno de Paula Andrade. Geração Alfa e As Possibilidades de Pesquisas Futuras em Marketing. XI Congresso Internacional de Administração e Marketing da ESPM e XI Simpósio Internacional de Administração (2016). Disponível em: http://ocs.espm.br/index.php/simposio2016/C2016/paper/view/33. Acesso em: 15 dez. 2018.

PRENSKY, Marc. “O aluno virou especialista”. In: GUIMARÃES, Camila. Revista Época.2010. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153918-15224,00-MARC+PRENSKY+O+ALUNO+VIROU+O+ESPECIALISTA.html. Acesso em: 12 jan. 2020.

ROJO, Roxane. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (orgs.). Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola, 2012.

ROJO, Roxane. Letramentos Múltiplos, Escola e Inclusão Social. São Paulo: Parábola, 2009.

ROJO, Roxane. (org.). Escol@ Conectada: os multiletramentos e as TICS. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2013.

SANTOS, Jucélio Soares dos. Análise de Qualidade do GCompris:software que auxilia o processo de ensino-aprendizagem e desenvolvedor de habilidades de crianças com dislexia. 2012. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/analise-de-qualidade-do-gcompris-software-que-auxilia-o-processo-de-ensino-aprendizagem-e-desenvolvedor-de-habilidades-de-criancas-com-dislexia/84180. Acesso em: 13 jun. 2019.

SANTOS, Wagno da Silva; KARWOSKI, Acir Mário. Pedagogia dos multiletramentos: desafios e perspectivas na docência. Evidência. v. 14, n 14, 2018. Disponível em: https://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/evidencia/article/view/580. Acesso em: 22 ago. 2019.

SAVI, Rafael. et al. Proposta de um modelo de avaliação de jogos educacionais. Revista Renote: novas tecnologias em educação. v. 8. nº: 3. Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/18043. Acesso em: 22 jun. 2018.

SCHUYTEMA, Paul. Design de Games: uma abordagem prática. Tradução de Cláudia Mello Belhassof. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Sistema Operacional GNU. Disponível em: https://www.gnu.org/licenses/licenses.pt-br.html. Acesso em: 23 nov. 2018.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2003.

SOUZA, Carmen Gorete Duarte de. Formação Continuada de Professores: incentivando a utilização do software GCompris em sala de aula. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ensino). Centro Universitário Univates. Lajeado, 2016. Disponível em: https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1140/1/2016CarmemGoreteDuartedeSouza.pdf. Acesso em: 13 mai. 2019.

STREET, Brian Vincent. Letramentos Sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.

VIANA, Lucas Henrique. O Minecraft no processo de ensino e aprendizagem da geometria espacial de posição. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.

Downloads

Publicado

2020-06-22

Como Citar

MOITA, Filomena Maria Cordeiro; VIANA, Lucas Henrique; FLOR, Maria Rosilene Gomes. O software GCompris e os multiletramentos no cenário escolar. Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 744–761, 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n27p744-761. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/8794. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Séries televisivas, games e aplicativos: entretenimento e cenários de aprendizagens"

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

<< < 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.