Estudo dos mecanismos de coesão em editorial de jornais e a necessária reorientação de práticas de ensino na escola
Palavras-chave: Coesão intraparágrafos. Elementos conjuntivos. Sintagmas nominais. Estratégias de ensino. .
Resumo
Este artigo tem como proposta central a apresentação de um estudo amostral de cunho analítico de editoriais publicados em diferentes jornais. O objetivo principal da análise é verificar que elementos proporcionam a ligação entre as partes do texto, especificamente, interparágrafos, a fim de analisar os mecanismos coesivos, efetivamente, utilizados no gênero selecionado. Nosso interesse ocorre, visto ser senso comum afirmar-se que predomina, nas relações coesivas, o uso das conjunções, elementos conjuntivos para fazer a ligação entre diferentes porções textuais. A hipótese do estudo é de que essa relação não está calçada no uso de conjunções, predominantemente, mas nas retomadas por sintagmas nominais nas diferentes porções textuais, como “chaves sintáticas” que não só ancoram as informações a serem inferidas, mas também fazem o texto progredir. Baseamo-nos, teoricamente, em Koch (1989), Cavalcante (2013) e Kintsh (1995). Os resultados obtidos corroboram a hipótese inicial, o que nos leva a afirmar a necessidade premente de reorientação das práticas de ensino de leitura e de escrita na escola.Biografia(s)
Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu,
Pós-Doutora em Linguística pela Universidade de Colônia, Alemanha ( 2017), Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002), Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Atua como docente na UERJ, desde 1985, no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira; desde 2003, no Instituto de Letras, tanto nos cursos de Graduação quanto nos de Pós- Graduação stricto sensu. Desde 2014 é Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino de Língua Portuguesa, Uso e descrição da Língua Portuguesa, Avaliações em Larga Escala. Tem experiência em diferentes Bancas Examinadoras, em processos seletivos e redação. Tem vários artigos e livros publicados.
Bárbara Magalhães de Oliveira, UERJ/ Pós-Graduação Língua Portuguesa
Licenciada em Português/Espanhol pela UFRJ em 2019. Atuou de 2017 a 2019 em pesquisa na área de Sintaxe Gerativa e Linguística Cartográfica. Em 2019, iniciou os estudos em Sociolinguística, mais especificamente em orações relativas e Ensino de LP. Atualmente, é mestranda em Língua Portuguesa pela UERJ.
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- Edição: n. 67 (2020)
- Seção: Grupo de Trabalho Ensino e Aprendizagem na Perspectiva da Linguística Aplicada (EAPLA)
- Publicado: 15/12/2020
- DOI: 10.28998/2317-9945.202067.115-129
