Dimensões do letramento acadêmico e a intermediação sensível em um curso de Letras na modalidade a distância
Palavras-chave: Letramento Acadêmico. Educação a distância. Intermediação Sensível .
Resumo
Temos por objetivo refletir sobre a prática de leitura e escrita de alunos/as de Letras, da modalidade a distância, buscando identificar, a partir dos acontecimentos que contextualizaram as produções por eles/as escritas, a relação entre seu processo de letramento (STREET, 1984) e a atuação do professor. Utilizando pressupostos teórico-metodológicos da Linguística Aplicada, das pesquisas qualitativas (CHIZZOTTI, 1998, 2008) e da natureza interpretativista dos estudos discursivos (MOITA LOPES, 1996; 2006), analisamos duas produções de um aluno e de uma aluna na disciplina Fundamentos da Linguística I, de um curso de Letras a distância, encaminhadas por um professor por meio de uma consígnia de atividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Para fins de análise, subdividimos as discussões acerca da prática de Letramento Acadêmico (LILLIS 2003; ZAVALA, 2010) em três dimensões: a dimensão da prática com o gênero; a dimensão da tessitura textual; a dimensão discursiva. As análises apontam a necessidade de uma intermediação sensível na qual as orientações e os acompanhamentos do professor sejam pautados em planejamento para a escrita nos seus diversos aspectos, avaliação do processo de escrita, com devido retorno do que foi observado, e desnaturalização de crenças sobre o que os estudantes já teriam proficiência nos gêneros acadêmicos, considerando seus históricos de letramentos.
Biografia(s)
Rita de Cássia Souto Maior, Universidade Federal de Alagoas/Docente
Professora de Graduação e de Pós-graduação na Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Coordenadora do GT Ensino e Aprendizagem na Perspectiva da Linguística Aplicada (EAPLA) da Associação Nacional de Pós-graduação em Letras e Linguística (ANPOLL) e secretária da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN). Desenvolveu seu pós-doutoramento (2019-2020) na Universidade Federal do Ceará, com temática na Formação de Professores e na BNCC. Participante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada (GEPLA/UFC) e participante e vice-líder do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e aprendizagem de línguas e literaturas (GEDEALL/UFAL), articula reflexões sobre a prática de sala de aula, o ensino e aprendizagem de Línguas (materna, estrangeira e Libras) e os estudos discursivos, com os seguintes temas: Estudos Discursivos, Estudos de Identidade, Estudos argumentativos, Produção Textual/discursiva em LM, LE e Libras e Formação de Professores. Atualmente é diretora da Fale/Ufal.
Antonio Carlos Santos de Lima, Instituto Federal de Alagoas/Docente
Doutor em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Alagoas. Professor do Instituto Federal de Alagoas, atuando na Educação Básica e Superior (graduação e pós-graduação lato sensu. Coordena o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) no âmbito do IFAL. É membro do Grupo de Estudos Discurso, Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas (GEDEALL/CNPq/UFAL) e lidera o Grupo de Pesquisa Educação, Empreendedorismo, Letramento e Tecnologia (EELT/CNPq/IFAL).
Kristianny Brandão Barbosa de Azambuja, Universidade Federal de Alagoas/Docente
Kristianny Brandão Barbosa de Azambuja - Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente é professora de Língua e Literatura Espanhola- Universidade Federal de Alagoas.Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e Espanhola, em Ensino de Língua Espanhola e no uso das Tecnologias de Comunicação e Informação aplicadas ao ensino de Línguas Estrangeiras.
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- Edição: n. 67 (2020)
- Seção: Grupo de Trabalho Ensino e Aprendizagem na Perspectiva da Linguística Aplicada (EAPLA)
- Publicado: 15/12/2020
- DOI: 10.28998/2317-9945.202067.08-23
