A concepção de sujeito em Bakhtin

Autores

  • Elizabeth Fontoura Dorneles Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.200230.227-236

Palavras-chave:

Dialogismo, ideologia, signo, sujeito e linguagem

Resumo

Mikhail Bakhtin, no prólogo de Marxismo e filosofia da
linguagem, diz que a literatura marxista carece de uma "descrição
definitiva e universalmente reconhecida da realidade específica dos
problemas ideológicos" (pág. 25). Mostra ainda que a ideologia é tratada,
no que diz respeito aos sujeitos, como manifestação da consciência numa
relação com o psiquismo, o que impede a consideração do papel da
língua, como realidade material específica da criação ideológica. A
proposta de analisar a concepção de sujeito que perpassa sua obra traz as
considerações anteriores para o centro da discussão, uma vez que para o
autor o sujeito é constituído pela palavra, que, por sua imersão no social,
é ideológica. É signo carregado de significado. Na relação interindividual
se constróem os objetos de pensamento, os sentidos que são portanto
sociais e não efeito de um trabalho psíquico não intermediado.
Anunciamos com isso três questões fundamentais para a caracterização
do sujeito em Bakhtin: a ideologia, a língua e a interação entre os
indivíduos.

 

DOI: 10.28998/0103-6858.2002v2n30p227-236

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Publicado

2019-03-28

Como Citar

DORNELES, Elizabeth Fontoura. A concepção de sujeito em Bakhtin. Revista Leitura, [S. l.], v. 2, n. 30, p. 227–236, 2019. DOI: 10.28998/2317-9945.200230.227-236. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/7491. Acesso em: 18 nov. 2024.

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