Movimentando a Lei nº 10639/03 na integridade da escola à luz da pretagogia: uma experiência potencializadora no Cariri cearense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2019v11n23p543-554

Palavras-chave:

Lei nº10.639/03. Pretagogia. Matriz Curricular. Escola.

Resumo

O presente artigo propõe-se apresentar uma experiência relativa à educação para as relações étnico-raciais, numa escola da rede municipal de ensino no Cariri Cearense. O objetivo dessa proposta de trabalho, significa um esforço no sentido da efetivação da Lei Nº10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas. Para a realização desse trabalho, buscamos fundamentar as vivências-intervenções na Pretagogia, referencial teórico-metodológico de matriz africana que está sendo construído por pesquisadoras(es)-educadoras(es), na perspectiva de fomentar práticas educativas concretas para uma educação antirracista, valorização da cosmovisão africana e afro-brasileira, contribuindo para a implementação da citada lei na matriz curricular das escolas. 

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Biografia do Autor

Samuel Morais Silva, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Pedagogo e Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC), na linha de pesquisa: movimentos sociais, educação popular e escola, no eixo temático: sociopoética, cultura e relações étnico-raciais.Compõe a comissão organizadora do Artefatos da Cultura Negra, é membro do Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais - NEGRER/URCA e atuou como membro do Conselho Municipal de Educação do município de Crato. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: escola, gestão escolar e pedagogia do baobá a partir de práticas baopedagógicas marcadas por florescimentos e enraizamentos para a implementação da Lei 10.639/03. Atualmente é professor efetivo da Rede Municipal de Crato.

Sandra Haydée Petit, Universidade Federal do Ceará (UFC)

De origem caribenha, é mãe de Kanyin (quem traz a benção). Seus estudos universitários foram na Universidade Paris VIII de onde possui graduação em Línguas Estrangeiras Aplicadas bem como Mestrado e Doutorado (1995) em Ciências da Educação. Há 15 anos é professora da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase na Educação Popular e nas relações etnicorraciais, hoje dedicada essencialmente aos temas: pretagogia, cosmovisão africana, filosofia africana, pedagogias afrorreferenciadas, tradição oral africana, relações comunitárias, sociopoética. É coordenadora do NACE- Núcleo das Africanidades Cearenses, que congrega professores/as, alunos/as, pesquisadores/as e membros do movimento negro que intervêm na área das africanidades, notadamente no apoio à implementação da lei 10.639/03 que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura e história africana e afrodescendente nas escolas públicas e particulares. Foi membro do GT Regional Nordeste 1 de Inovação Pedagógica do MEC. Pretende realizar pós-doutorado sobre as diversas formas de relações comunitárias fomentadas pela ancestralidade africana mediante tradições orais como contações, danças coletivas. festas, sociabilidades femininas. E ainda: gosta de dançar, correr (treinar), cozinhar, viajar, contemplar a lua e o sol, tomar banho de água doce (Oxum), conversar com Iemanjá, andar no mato e namorar.

Referências

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Publicado

2019-04-25

Como Citar

SILVA, Samuel Morais; PETIT, Sandra Haydée. Movimentando a Lei nº 10639/03 na integridade da escola à luz da pretagogia: uma experiência potencializadora no Cariri cearense. Debates em Educação, [S. l.], v. 11, n. 23, p. 543–554, 2019. DOI: 10.28998/2175-6600.2019v11n23p543-554. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/6211. Acesso em: 21 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Abordagens pedagógicas interdisciplinares para a educação das relações étnico-raciais"

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