Avaliação do uso dos dispositivos móveis no ensino de Química por meio da adaptação dos Modelos de Aceitação (TAM) e Ajuste (TTF)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n27p818-840

Palavras-chave:

Mobile learning. Dispositivos móveis. Ensino de Ciências.

Resumo

Cada vez mais, as tecnologias móveis fazem parte de praticamente todos os contextos atrelados à vida humana. Contudo, quando se analisa o uso dessas tecnologias para o cenário educacional, percebe-se a existência de alguns paradigmas que ainda não foram superados. Este estudo usa o modelo adaptado de aceitação da tecnologia (Technology Acceptance Model - TAM), assim como o de ajuste Tecnologia-Tarefa (Task-Technology Fit –TTF) para examinar a aceitabilidade e ajuste de uma Sequência Didática que proporcionou a inserção da tendência BYOD na sala de aula de Química, por meio do uso de uma estratégia mobile learning que visava aplicar os dispositivos móveis dos alunos, em especial, os smarthones, como aporte ao processo de ensino e aprendizagem. Vale destacar que o estudo utilizou um desenho de investigação misto (qualitativo-quantitativo), e os dados foram coletados utilizando-se um questionário estruturado com alunos da Educação Básica de uma escola pública (N = 89). Os resultados apontam que a inserção das tecnologias móveis no ensino de química de modo planejado em sala de aula agregou benefícios para a aprendizagem dos alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lediana Pereira Cardoso, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa. Tem relevante experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Garantia de Qualidade e Desenvolvimento de Novos Produtos.

Maria das Graças Cleophas, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Licenciada em Química e mestre em Físico-química pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutora em Ensino das Ciências, com ênfase no ensino de Química, pela UFRPE. Foi coordenadora do Programa de Iniciação à Docência - PIBID e contribuiu administrativamente atuando como vice coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Atualmente é Professora Adjunta (Nível 2) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Coordenadora do Curso de Química - Licenciatura e faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática (PPGECM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Possui experiência com o ensino de Química, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: Construção de diferentes estratégias e materiais lúdico-didáticos voltados para formação de professores de Ciências; Metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem das ciências naturais; Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ensino de Ciências; Uso de m-learning como estratégia de ensino da Química; Formação de Professores de Ciências e Estratégias Metacognitivas. É Membro da Rede Latino-Americana de Pesquisa em Educação Química (ReLAPEQ), editora da Revista Educação Química en Punto de Vista (EQPV) e Revista Eletrônica Ludus Scientiae (RELuS). 

Referências

ALENCAR, E. Introdução a Metodologia de Pesquisa Social. Lavras: EdUFLA/FAEPE,1999.

ALTAMEEMY, F. Mobile phones for teaching and learning. Journal of educational technology systems, 45(3), p. 436–451, 2017.

ALWAHAISHI, S.; SNÁSEL, V. Consumers’ Acceptance and Use of Information and Communications Technology: A UTAUT and Flow Based Theoretical Model. Journal of Technology Management & Innovation, 8(2), p. 9–10, 2013.

AUDY, J. L. N.; ANDRADE, G. K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de informação. Porto Alegre: Bookman, 2005.

BENTO, M. C. M.; CAVALCANTE, R. S. Tecnologias Móveis em Educação: o uso do celular na sala de aula. Revista de Educação, Cultura e Comunicação, São Paulo, v. 4, n. 7, 2013.

BOBSIN, D. et al. Aplicação do Modelo TAM e TTF para Explicar as Diferenças de Uso dos Sistemas de Informações pelos Níveis Hierárquicos Organizacionais. In: I Encontro de Administração da Informação, 1., 2007, Florianópolis. Anais... Florianópolis: ANPAD - Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração, 2007. p. 1-15.

BRAZUELO, F.; GALLEGO, D. Mobile Learning: Dispositivos móbiles como recurso educativo. Bogotá: MAD S.L, 2012.

BRUDER, P. Gadgets go to school: the benefits and risks of BYOD (bring your own

device). Educ. Dig. 80, p. 15–18, 2014.

CHEN, L. D. Consumer acceptance of virtual stores: a theoretical model and critical success factors for virtual stores. EdUniversity of Menphis, Menphis, 2000.

CHEON, J.; LEE, S.; CROOKS, S.; SONG, J. An investigation of mobile learning readiness in higher education based on the theory of planned behavior. Computers & Education, 59, p. 1054–1064, 2012.

CORREIA, M.; SANTOS, R. Game-based learning: The use of Kahoot in teacher education. IN: International Symposium on Computers in Education (SIIE), 2017.

D’AMBRA, J.; WILSON, C. S.; AKTER, S. Application of the task-technology fit model to structure and evaluate the adoption of E-books by Academics. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 64(1), p. 48–64, 2012.

DAVIS, F. D. Perceived usefulness, perceived ease of use, and user acceptance of information technology. MIS Quarterly, v. 13, n. 3, p. 319-339, 1989.

DAVIS, F. D. Use acceptance of information technology: system characteristics, userperceptions and behavioral impacts. International Journal of Man-Machine Studies, v. 38, p. 475-487, 1993.

DAVIS, F. D.; VENKATESH, V. A critical assessment of potential measurement biases in the technology acceptance model: three experiments. International Journal of Human-Computer Studies, London, v.45, n.1, p.19-46, 1996.

DISHAW, M. T.; STRONG, D. M. Extending the technology acceptance model with task technology fit constructs. Information and Management, v. 36, p. 9-21, 1999.

DISHAW, M. T.; STRONG, D. M. Extending the technology acceptance model with task–technology fit constructs. Information & Management, 36(1), p.9–21, 1999.

DISHAW, M. T.; STRONG, D. M; BANDY, D. B. Extending the Task-Technology Fit Model with Self-Efficacy Constructs. In: Eighth Americas Conference on Information Systems, 2002.

EKANAYAKE, S. Y.; WISHART, J. Mobile phone images and video in science teaching and learning. Learning. Media and technology, 39(2), p. 229–249, 2013.

EKANAYAKE, S.; WISHART, J. Integrating mobile phones into teaching and learning: a case study of teacher training through professional. Development workshops. British journal of educational technology, v. 46, n. 1, p. 173–189, 2015.

ESCHENBRENNER, B.; NAH, F. F. H. Mobile technology in education: uses and benefits. International Journal of Mobile Learning and Organisation, 1(2), p. 159-183, 2007.

FALLOON, G. What's the difference? Learning collaboratively using iPads in conventional classrooms. Comput. Educ. 84, p. 62–77, 2015.

FISHBEIN, M.; AJZEN, I. Belief, attitude, intention and behavior: an introduction to theory and reseach. Boston: Addison – Wesley, 1975.

GARLAND, R. The mid-point on a rating scale: is it desirable? The Marketing Bulletin, Australia, v. 2, n. 3, p. 66-70, 1991. Disponível em: <http://marketing-bulletin.massey.ac.nz/V2/MB_V2_N3_Garland.pdf>. Acesso em: 29 dez. 2017.

GIKAS, J.; GRANT, M. M. Mobile computing devices in higher education: student perspectives on learning with cellphones, smartphones & social media. Internet and Higher Education, v. 19, p. 18-26, 2013.

GOODHUE, D. L. Understanding user evaluations of information systems. Management Science, v. 41, n. 12, p. 1827-1844, 1998.

GOODHUE, D. L.; THOMPSON, R. L. Task-technology fit and individual performance. MIS Quarterly, v. 19, n. 2, p. 213-236, 1995.

IGBARIA, M.; IIVARI, J. The effects of self-efficacy on computer usage. Omega, Int. J. Mgmt Sci. Vol. 23, No. 6, pp. 587-605, 1995.

INTERNATIONAL DATA CORPORATION. Massachusetts, EUA, 2014. Disponível em: <http://www.idc.com/prodserv/smartphone-os-market-share.jsp>. Acesso em: 12 dez. 2018.

KLOPPING, I. M.; McKINNEY, E. Extending the Technology Acceptance Model and the Task-Technology Fit Model to Consumer e-Commerce. Information Technology, Learning, and Performance Journal, v. 22, n. 1, p. 35, 2004.

LARU, J., JÄRVELÄ, S.; CLARIANA, R. B. Supporting collaborative inquiry during a biology field trip with mobile peer-to-peer tools for learning: a case study with k-12 learners. Interactive learning environments, 20(2), p. 103–117, 2012.

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informações gerenciais: administrando a empresa digital. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

LEE, Y.; KOZAR, K. A.; LARSEN, K.R.T. The technology acceptance model: past, present, and future. Communications of the Association for Information Systems, v.12, p.752-780, 2003.

MA, C-M.; CHAO, C-M.; CHENG, B-W. Integrando o Modelo de Aceitação de Tecnologia e a Tecnologia de Tarefas se encaixam no Sistema Blended de E-learning. Journal of Applied Sciences, 13: p. 736-742, 2013.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Tradução Nivaldo Montingelli Jr. e Alfredo Alves de Farias, 3ed. Porto Alegre, Bookman, 720p., 2001.

MCGILL, T. J.; KLOBAS, J. E. A task–technology fit view of learning management system impact. Computers & Education, 52(2), p. 496–508, 2009.

MCLEAN, K. J. The Implementation of Bring Your Own Device (BYOD) in Primary [Elementary] Schools. Frontiers in Psychology, 7, p.1-5, 2016.

OLIVEIRA, L. H. Exemplo de cálculo de Ranking Médio para Likert. Notas de Aula. Metodologia Científica e Técnicas de Pesquisa em Administração. Mestrado em Adm. e Desenvolvimento Organizacional. PPGA CNEC/FACECA: Varginha, 2005.

OMOTAYO, F. O.; CHIGBUNDU, M. C. Use of information and communication technologies for administration and management of schools in Nigeria. Journal of Systems and Information Technology, 19(3/4), p. 183–201, 2017.

Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O Futuro da aprendizagem móvel: Implicações para planejadores e gestores de políticas. Brasília, 2014.

Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco). UNESCO Policy Guidelines for Mobile Learning, Paris, 2013.

PEDRO, L. F. M. G.; BARBOSA, C. M. M. O.; SANTOS, C. M. N. A critical review of mobile learning integration in formal educational contexts. International Journal of Educational Technology in Higher Education, 15(1), p. 1-15, 2018.

PORTILLA, C. S. F. El uso del smartphone como herramienta para la búsqueda de información en los estudiantes de pregrado de educación de una universidad de Lima Metropolitana causa secreta. Revista Educación, Perú, v. XXV, n. 49, p. 29-44, 2016.

REIS, E. et al. Uso de um sistema de informação em uma instituição pública: um estudo de caso. Anais do XII SEMEAD – Seminários em Administração, FEA/USP; 2009.

RODRÍGUEZ, V. G. et al. M-learning project and M-EANor: Two teaching projects from the Degree in Computer Science and Engineering. IN: XI Tecnologias Aplicadas a la Ensenanza de la Electronica (Technologies Applied to Electronics Teaching) (TAEE), p.1-6, 2014.

SACCOL A.; SCHLEMMER E.; BARBOSA J. m-learming e u-learning – novas perspectivas da aprendizagem móvel e ubíqua. São Paulo: Pearson, 2011.

SCOARIS, R. C. O.; PEREIRA, A. M.T.; SANTIN FILHO, O. S. Elaboração e validação de um instrumento de atitudes frente ao uso de história da ciência no ensino de ciências. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 8, n. 3, 2009. Disponível em: <http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen8/ART8_Vol8_N3.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2019.

SOLER P. B.; VILLACAÑAS C.; L. S.; PICH, P. E. Creating and implementing a didactic sequence as an educational strategy for foreign language teaching. Íkala, revista de lenguaje y cultura, 18(3), p. 31–43, 2013.

SUNG, Y.-T.; CHANG, K.-E.; LIU, T.-C. (2016). The effects of integrating mobile devices with teaching and learning on students’ learning performance: A meta-analysis and research synthesis. Computers & Education, 94, p. 252–275, 2016.

TROJAN, R. M.; SIPRAKI. R. Perspectivas de estudos comparados a partir da aplicação da escala Likert de 4 pontos: um estudo metodológico da pesquisa TALIS. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 10, n. 2, p. 275-300, 2015.

TWUM, R. Utilization of smartphones in science teaching and learning in selected universities in ghana. Journal of education and practice, v.8, n.7, p216-228, 2017.

WELSH, K. E. et al. Would Bring Your Own Device (BYOD) be welcomed by undergraduate students to support their learning during fieldwork? Journal of Geography in Higher Education, 42(3), p.356–371, 2018.

YU, F.; CONWAY, A. R. Mobile/Smartphone Use in Higher Education. Proceedings of the 2012 Southwest Decision Sciences Institute, p. 831-839, 2012.

Downloads

Publicado

2020-06-22

Como Citar

CARDOSO, Lediana Pereira; CLEOPHAS, Maria das Graças. Avaliação do uso dos dispositivos móveis no ensino de Química por meio da adaptação dos Modelos de Aceitação (TAM) e Ajuste (TTF). Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 818–840, 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n27p818-840. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/8938. Acesso em: 12 ago. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Séries televisivas, games e aplicativos: entretenimento e cenários de aprendizagens"

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.