Crianças cidadãs e sua ação política na escola e comunidade
DOI :
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2022v14n34p86-112Mots-clés :
Infância, Cidadania, Poesia, Política, EscolaRésumé
Esse texto é resultado de uma pesquisa, cujo objetivo foi analisar a ação cidadã de crianças, entre seis e sete anos de idade, em uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública da rede municipal, localizada em um bairro periférico de Maceió/AL. Nossa intenção foi perceber como as crianças exercem sua cidadania na escola, instituição a qual é atribuída a função de formar cidadãos. Utilizamos a metodologia da pesquisa participativa para coletar os dados com o desenvolvimento de um projeto pedagógico-artístico sobre cidadania e poesia. E analisamos os dados através da análise do discurso foucaultiana. Os pontos analisados foram: 1) a literatura como meio de conhecimento do próprio papel social e forma de reivindicação política cidadã; 2) o entendimento de sua condição cidadã no mundo enquanto sujeito com direitos a acessar e deveres a cumprir; 3) sua vontade de participação política e intervenção na própria realidade. Como resultado, observamos a reelaboração, pelas crianças, dos discursos sobre sua vivência política cidadã na sala de aula, na instituição como um todo e na comunidade.
Téléchargements
Références
ACORSI, R. Educação uma questão de tempo? As escolas de turno integral. In: SARAIVA,
K.; SANTOS, I. Educação contemporânea e artes de governar. Canoas: Editora da
ULBRA, 2010. p. 85-104.
ALVES, J. C. P. Cidadania e poesia na escola: o que dizem as crianças? In: ALVES, J. C. P.; PIZZI, L. C. V.; ROCHA, P. R. L. (Org.). Cidadania e poesia na escola: essa rima cola.
Maceió: EDUFAL, 2015. p. 12-36.
ALVES, J. C. P. Currículo, cultura escolar e disciplinamento. 2010. 97 f. Dissertação.
(Mestrado em Educação Brasileira) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2010.
ALVES, J. C. P. O disciplinamento na escola e no currículo na perspectiva docente. In:
PIZZI, L. C. V.; LOPES, A. A. Trabalho e formação docente: saberes e práticas em
diferentes contextos. Maceió: EDUFAL, 2012. p. 119-132.
ARIÉS, P. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksman. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.
ARIÉS, P. Por uma história da vida privada. In: ARIÉS, P.; CHARTIER, R. (Org.). História
da vida privada 3: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Companhia das Letras,
p. 9-20.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em: 14 set. 2014.
BUNCKINGHAM, D. Crescer na era das mídias eletrônicas. Tradução de Gilka Girardello e Isabel Orofino. São Paulo: Loyola, 2006. CANDIOTTO, C. Ética e política em Michel Foucault. Trans/Form/Ação, Marília, v. 33, n. 2, 2010, p. 157-175
COUTINHO, C. N. Notas sobre cidadania e modernidade. Revista Àgora – Políticas públicas e Serviço Social, ano 2, v. 3, dez. 2005. Disponível em: http: . Acesso em: 10 out. 2014.
COVRE, M. L. M. O que é cidadania. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 2002.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 36. ed. Petrópolis: Vozes, 2009a. p. 291.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 26. ed. Rio de Janeiro: GRAAL, 2009b. p. 295.
FOUCAULT, M. A Ética do Cuidado de Si Como Prática da Liberdade. In: FOUCAULT, M. Ética, sexualidade, política. Col. Ditos e Escritos V. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.
GIRÃO Fernanda M. P. e BRANDÃO. Ana Carolina P. A criança como sujeito de direitos no pensamento de Boaventura de Sousa Santos: diálogos com a sociologia da infância e implicações para a pesquisa em educação. EccoS Revista Científica. n.56, jan, 2021, p. 1-17.
HAGUETTE. T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 224.
NARODOWSKI, M. Después de clase. Desencantos y Desafíos de la Escuela Actual. Buenos Aires: Novedades Educativas, 1999. p. 109.
POSTMAN, N. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia; 1999. p. 190.
PAGNI, P. A. Infância, arte de governo pedagógica e cuidado de si. Educação e realidade, Porto Alegre, v. 35, n. 3, 2010, p. 99-123. Editora UFRGS. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2014. 145
PAZ, A. Escola Política. [S.l] 2010. Disponível em. Acesso em: 20 fev. 2015.
PIRRALHO, V.; EUZÉBIO, P. I. Na moda. Vitor Pirralho e a U.N.D.A.D.E.: devoração crítica do legado universal. Direção artística: Pedro Ivo Euzébio. Maceió: 2008, compact disc (CD)
SARMENTO, Manuel Jacinto et.all, C. N. Políticas públicas e participação infantil. Educação Sociedade e Culturas, n 25, 2007. P.183-206. Disponível em: http: https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC25/ManuelJacintoSarmento.pdf. Acesso em: 7 jan. 2014.
SIBILIA, P. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
SILVEIRA, G. “Quando a escola é de vidro”: a produção da infância e as relações de poder no contexto disciplinar. In: FERRARI, A. Sujeitos, subjetividades e educação. Juiz de fora: Editora UFJF, 2010, p. 79-104.
UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Brasília, 1998, p. 6.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Debates em Educação 2022
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Neste tipo de licença é permitido Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e Adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material). Deverá ser dado o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . O conteúdo não pdoerá ser utilizado para fins comerciais .
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).