Educação infantil e currículo

o entusiasmo da cultura e a alegria da criança na superação de uma educação homogeneizadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13n33p74-93

Palavras-chave:

Educação Infantil, BNCC, Cultura e Alegria

Resumo

Este texto parte do debate sobre a obrigatoriedade da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Brasil, cotejando aspectos sociopolíticos e culturais presentes no cenário brasileiro. Buscou-se construir uma versão curricular em uma perspectiva dialética de educação infantil, inspirada em conceitos e produções marxistas. A questão é: no modelo proposto pela BNCC, haverá espaço para o entusiasmo da cultura e da alegria da criança na Educação Infantil? A metodologia investigativa abrange leitura analítica de documentos, livros e artigos sobre a operacionalização dos diferentes aspectos da BNCC durante o período pandêmico. Aprofunda-se a reflexão sobre os processos contraditórios e as consequências geradas pela “implementação” da BNCC no trabalho docente e na formação cultural de crianças de até seis anos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARBOSA, Ivone. G. Da Educação Infantil para o primeiro ano do Ensino Fundamental: o direito da criança é ser feliz. In: SILVA, C. C. LIMONTA, Sandra V. Anos iniciais do Ensino Fundamental: políticas, gestão, formação de professores e ensino. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015, p. 107-128.

BARBOSA, Ivone. G. Educação Infantil e formação de professores: relações e contradições entre trabalho, formação e Base Comum Curricular (BNCC) Trabalho encomendado no GT 07/ Educação de crianças de 0 a 6 anos. Anais da 39ª Reunião Anual da ANPEd. Niterói, RJ, outubro de 2019. Disponível em: http://anais.anped.org.br/sites/default/files/gt07_trabalho_encomendado_formatado_39_rn_-_3_ivone_garcia_barbosa.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020.

BARBOSA, Ivone. G. Pré-escola e formação de conceitos: uma versão sócio-histórico-dialética. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, FEUSP, São Paulo, 1997.

BARBOSA, Ivone G.; et. alli. Parecer do Grupo de Trabalho de Educação Infantil do Estado de Goiás (GTEI-GO) ao Documento Preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC – 1ª versão). Impresso. Goiânia, Goiás, 16 de fevereiro de 2016a.

BARBOSA, Ivone G.; et. alli. Parecer do Grupo de Trabalho de Educação Infantil do Estado De Goiás (GTEI-GO) ao Documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – Segunda Versão. Impresso. Goiânia, Goiás, 03 de agosto de 2016b.

BARBOSA, Ivone G.; SOARES, Marcos A. Educação estética na perspectiva histórico-cultural: contribuições à educação infantil de orientação dialética. In: PEDERIVA, Patrícia M.; BARROS, Daniela; PEQUENO, Saulo (Orgs.). Educar na perspectiva histórico-cultural: diálogos vigotskianos. Campinas: Mercado de Letras, 2018, p.137-160.

BARBOSA, Ivone G.; SILVEIRA, Telma A. T. M. Posicionamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Infância e sua Educação em Diferentes Contextos – NEPIEC/FE/UFG sobre a 3ª Versão da BNCC. Impresso. Goiânia, Goiás, 8 de setembro de 2017.

BARBOSA, Ivone G.; SOARES, M. A. Educação infantil e pobreza infantil em tempos de pandemia no Brasil: existirá um “novo normal”? In: ANJOS, Cleriston I. dos; PEREIRA, Fábio H. (Orgs). Dossiê "Educação Infantil em tempos de Pandemia". Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 23, n. Especial, p. 35-57, jan./jan., 2021. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/zeroseis/article/view/79044. Acesso em: 22 jul. 2021.

BARBOSA, Ivone G.; SILVEIRA, Telma A. T. M.; SOARES, Marcos A. A BNCC da Educação Infantil e suas contradições: regulação versus autonomia. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 77-90, jan./mai. 2019. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/979. Acesso em: 20 jan. 2021.

BRASIL. Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil. Resolução CNE/CEB 5/2009. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Resolução nº. 4, de 13 de julho de 2010. Brasília: MEC, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em: 29 mai. 2021.

BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 1990.

BRASIL. Lei 13.005 de 25 de junho de 2014 (PNE). Diário Oficial da União - Seção 1 – Brasília, DF, Edição Extra, 2014.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 21 mai. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação/ Consed/Undime. Base Nacional Comum Curricular – Proposta preliminar, segunda versão, abril de 2016. Disponível em: http://www.consed.org.br/download/base-nacional-comum-curricular-2a-versao-revista. Acesso em: 30 jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a- base/. Acesso em: 15 abr. 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 27 abr. 2021.

BRASIL, Programa de Apoio à Implementação da BNCC: planejamento 2019. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=110411-probncc-2019-lancamento&category_slug=abril-2019-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 29 jun. 2021.

CAETANO, Maria Raquel. Agora o Brasil tem uma Base! A BNCC e as influências do setor empresarial. Que Base? Educação em Revista, Marília, v.21, n. 02, p. 65-82, 2020. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/educacaoemrevista/article/view/9993. Acesso em: 29 abr. 2021.

LOPES, Alice Casimiro. Apostando na produção contextual do currículo. In: AGUIAR; Márcia Angela da S. e DOURADO; Luiz F. (Org.). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. [Livro Eletrônico]. Recife: ANPAE, 2018. Disponível: https://www.anpae.org.br/BibliotecaVirtual/4-Publicacoes/BNCC-VERSAO-FINAL.pdf. Acesso em: 25 mai. 2021.

FERREIRA, Fabíola da S.; SANTOS, Fabiano A. dos. As estratégias do “Movimento Pela Base” na construção da BNCC: consenso e privatização. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, Araraquara, v. 22, n. 1, p. 189–208, 2020. DOI: 10.30715/doxa.v22i1.14031. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/14031. Acesso em: 22 jul. 2021.

FREITAS, Luiz Carlos de. Neotecnicismo e formação do educador. In: ALVES, Nilda (Org.). Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez. 2011. p. 95-108.

FREITAS, Luiz Carlos de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: São Paulo, 2018.

FREITAS, Luiz Carlos de. Reformadores e base nacional: personagens – I. Blog do Freitas, 2015. Disponível em: https://avaliacaoeducacional.com/2015/07/26/reformadores-e-base-nacional-personagens-i/. Acesso em: 28 fev. 2019.

GRASMCI. Antonio. Intelectuais e a Organização da Cultura. São Paulo: Civilização Brasileira, 1989.

GRASMCI. Antonio. Cadernos do cárcere, volumes 1-6. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, [v. 1-4] 2001, [v. 5-6] 2002.

LEONTIEV, Alexei R. O desenvolvimento do Psiquismo. São Paulo: Centauro, 2004.

MANACORDA, Mário A. Marx e a pedagogia moderna. São Paulo: Cortez: autores Associados, 1991.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Cultura, Arte e literatura: textos escolhidos. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas. Alfa-Omega,. s./d. v. 1, 2 .

MESZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006.

MOVIMENTO PELA BASE. Primeiros Passos Para a Implementação da Base Nacional Comum Curricular. 2017b. Disponível em: https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2017/04/BaseGuia.pdf. Acesso em: 04 jul. 2020.

PERONI, Vera Maria Vidal; CAETANO, Maria Raquel. O público e o privado na educação Projetos em disputa. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 337-352, jul./dez. 2015.

OLIVEIRA; Inês B. de; FRANGELLA; Rita de Cássia; MACEDO, Elizabeth. Posicionamento da Associação Brasileira de Currículo. Documento produzido pela Associação Brasileira de Currículo (ABdC) encaminhado ao CNE no contexto das Audiências públicas sobre a BNCC /2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: https://www.anped.org.br/sites/default/files/images/documento_abdc_bncc_2017.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia G de. Currículo é responsabilidade: discussão contemporânea na Itália. Debates em Educação. Maceió, Vol. 8, nº 16, Jul./Dez. 2016, p. 89-117. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/2408. Acesso em: 22 jul. 2021.

SILVEIRA, Telma. A. T. M. Práticas pedagógicas na educação de crianças de zero a três anos de idade: concepções acadêmicas e de profissionais da educação. (tese de doutorado). 304f. Faculdade de Educação, UFG, 2015.

SILVEIRA, T. A. T. M.; BARBOSA, I. G. A prática pedagógica no cotidiano da educação infantil: perspectivas de professoras que atuam com crianças de zero a três anos. In.: BARBOSA, Ivone Garcia (Org.). Formação de professores e trabalho educativo em pesquisa: Perspectivas Teóricas e Metodologias. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2020, p. 99-123.

SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez,1992.

SNYDERS, Georges. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1988.

SOARES, Marcos A. Entre sombras e flores: continuidades e rupturas na educação estética de devotos-artistas de Santos Reis. Tese (Doutorado em Educação). 266 f. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2006.

SOARES, Marcos A. Educação estética escolar: em busca de princípios orientadores. 1995. 106f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 1995.

VÁZQUEZ, Adolfo. S. As Ideias Estéticas de Marx. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

VIGOTSKI, Lev S. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes,2001.

VIGOTSKI, Lev S. Imaginação e criatividade na infância. Lisboa: Dinalivro, 2012.

VIGOTSKI, Lev S. Quarta aula: a questão do meio na pedologia. In: Psicologia USP, vol.21, nº4, São Paulo, 2010, p. 681-701

WALLON, Henri. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa,1975.

WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1998.

Downloads

Publicado

2021-12-22

Como Citar

BARBOSA, Ivone; TELES MARTINS SILVEIRA, Telma Aparecida; SOARES, Marcos Antônio. Educação infantil e currículo: o entusiasmo da cultura e a alegria da criança na superação de uma educação homogeneizadora. Debates em Educação, [S. l.], v. 13, n. 33, p. 74–93, 2021. DOI: 10.28998/2175-6600.2021v13n33p74-93. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/12698. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Educação Infantil e currículo(s):culturas, docência e formação em debate

Artigos Semelhantes

<< < 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.