Refletindo sobre questões linguísticas e o ensino de línguas estrangeiras

Autores

  • Núbia Rabelo Bakker Faria Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.200128-29.59-76

Palavras-chave:

Aquisição de linguagem, línguas estrangeiras, teoria linguística

Resumo

Partindo da afirmação de Chomsky, relativamente à aquisição de
uma língua materna, "quando falamos uma língua sabemos mais do que
aquilo que aprendemos", proponho-me a refletir sobre a aquisição de uma
língua estrangeira via ensino formal, delimitado pelo locus da "sala de
aula", em que uma certa relação ensino/aprendizagem está sendo não
apenas suposta, mas considerada necessária e desejável. Reconhecendo
existir um "saber que não se aprende", questiona-se de que maneira a
linguística teórica interroga os conceitos de ensino e de aprendizagem de
uma língua, fundados na relação imaginária concebida entre sujeito
aprendiz e objeto de conhecimento. A relação sujeito-linguagem no caso
da L2, via de regra, se dá pelo reconhecimento de que a língua estrangeira
é um objeto do qual aparentemente é possível ao sujeito estabelecer uma
separação nítida e consciente para aprendê-lo por partes. Nesta relação. o
aprendiz é concebido como um sujeito anterior, origem de seu discurso e
de seus sentidos, que age sobre o objeto alvo de suas intenções; a língua
estrangeira, por sua vez, assume as características de objeto passível (e
passivo) de conhecimento e de análise.

 

DOI: 10.28998/0103-6858.2001n28-29p59-76

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Publicado

2019-04-01

Como Citar

FARIA, Núbia Rabelo Bakker. Refletindo sobre questões linguísticas e o ensino de línguas estrangeiras. Revista Leitura, [S. l.], v. 2, n. 28-29, p. 59–76, 2019. DOI: 10.28998/2317-9945.200128-29.59-76. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/7507. Acesso em: 19 dez. 2024.

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