Pedagogias alternativas e formação docente
cinema e desconstruções essencialistas das sexualidades
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13nEsp2p842-860Palavras-chave:
formação docente, cinema, sexualidadeResumo
O estudo buscou apreender como a utilização de filmes, em sala de aulas, permitiu, via aprendizado com as diferenças, desconstruções das verdades naturalizadas e essencializadas em relação às categorias de sexo, gênero e sexualidade. A partir das produções textuais e das verbalizações dos sujeitos da pesquisa, a Análise de Conteúdo possibilitou que as categorias dicotômicas de sexo, gênero e sexualidades pudessem ser revisitadas visando estabelecerem pontos de ligação entre as cenas dos filmes e os textos produzidos pelos licenciandos. Assim, este estudo indica como a utilização de filmes, nas aulas, contribuiu na desconstrução e desestabilizações de verdades naturalizadas e essencializadas em relação às categorias de macho-fêmea, homem-mulher e heterossexualidade-homossexualidade.
Downloads
Referências
ADELMAN, M. Vozes, olhares e o gênero do cinema. In: FUNCK, S. B. & WIDHOLZER, N. (Org.). Gênero em discursos da mídia. Florianópolis: Ed. Mulheres/Santa Cruz do Sul, 2005.
ADORNO, T. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
ALGEBAILE, E. Escola Pública e Pobreza no Brasil: ampliação para menos. Rio de Janeiro: FAPERJ/Lamparina,2009.
ANDRADE, A. O Estágio Supervisionado e a Práxis Docente. In: SILVA, M. L. S. F. DA. (Org.) Estágio Curricular: contribuições para o rendimento de sua prática. Natal: EDUFRN,2005.
ARANHA, M. L. DE A. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Edições 70,1997
BAUER, M. W. Análise de Conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M.W & GASK G. (Orgs.). Pesquisa Qualitativa com Texto, Som e Imagem: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2010.
BORRILLO, D. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
BORSSOI, B. L. O Estágio na Formação Docente: da teoria à prática, ação-reflexão. In: Anais do 1º Simpósio Nacional de Educação. Unioeste.Cascável,2008 (online}.Disponível em: <http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/1/Artigo%2028.pdf, acessado em 28 de Março de 2019.
BOZON, M. Sociologia da Sexualidade. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
BRITZMAN, D. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. In: Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 21, n. 1, pp 71-96,1996.
BUTLER, J. Problemas de gêneros: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003
BUTLER, J. Cuerpos que importan: sobre lós limitesmateriales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires, Barcelona, México: Paidós, 2008.
CANDAU, V. M. (Org.). Educação Intercultural e Cotidiano Escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006.
CORTESÃO, L. Ser Professor: um ofício em risco de extinção? Lisboa: Afrontamento, 2000.
CUNHA, L. A. Educação e Desenvolvimento Social no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves,1980.
EAGLETON, T. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes,1997.
FOUCAULT, M. História da sexualidade.19.ed. Tradução de Maria Tereza da Costa Alburqueque e J. A. Guilhon Alburqueque. Rio de Janeiro: Graal, 2009.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
GATTI, B. A. Formação de Professores no Brasil: características e problemas. In: Educação e Sociedade, v. 31, n. 113, pp. 1355-1379, 2010.
GATTI, B. A. A Formação Inicial de Professores para a Educação Básica: as licenciaturas. In: Revista USP, n. 100, pp. 33-46, 2014.
GOMES, N. L. Movimento Negro e Educação:Ressignificando e Politizando a Raça. In: Educação e Sociedade. Campinas: v. 33, n. 120, pp. 727-744,2012.
GOMES, R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C. DE S,; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. (Orgs.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade, Petrópolis:Vozes, 2016.
GROSSI, M. P. [et. al.]. (Org.). Conjugalidades e parentalidades de gays, lésbicas e transgêneros no Brasil. In: Revista dos Estudos Feministas,Florianópolis: UFSC, v. 07, n. 1-2, pp. 481-487, 2006.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
HALL, S. A identidade cultural na pós modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. 11ª Edição, Rio de Janeiro, 2006.
HEILBORN, M. L. Construção de si, gênero e sexualidade. In; HEILBORN, M. L. (Org.). Sexualidade: o olhar das ciências sociais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1999.
LOURO, G. L. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós estruturalista. Petrópolis: Vozes,1997.
LOURO, G. L. Currículo, Gênero e Sexualidade. Porto: Porto Editora, 2000.
LOURO, G. L. O currículo e as diferenças sexuais e de gênero. In: Costa, M.V. (Org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio de Janeiro, 2001.
LOURO, G. L. Cinema e sexualidade. In: Educação & Realidade, v. 33, n. 1, pp. 81-97, 2008.
MALUF, S. W. Corporalidade e desejo: tudo sobre minha mãe e o gênero na margem. In: FUNCK, S. B.& WIDHOLZER, N. (Org.). Gênero em discursos da mídia. Florianópolis: Ed. Mulheres/Santa Cruz do Sul, 2005.
MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro:Editora UFRJ, 2008.
MEYER, D. G. Escola, currículo e diferença: implicações para a docência. In: BARBOSA, R. L. L. (Orgs.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: UNESP, pp. 257-265, 2003.
MIRANDA, M. H. G. Mediações: telenovelas e sexualidades como elementos de condensações de sentidos híbridos entre a hegemonia e a resistência. In: Revista Razón y Palavra, v. 77, 2011.
MIRANDA, M. H. G. DE & OLIVEIRA, A. C. A. Os Limites das Categorias Heteronormativas no cotidiano escolar e a Pedagogia Queer: o caso do uso do banheiro. In: Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 13, n. 32, pp. 350-373, 2016.
MIRANDA, M. H. G. DE & LIMA, LARISSA S. G. A. de . A prática pedagógica dos direitos humanos: marcadores sociais da diferença e o combate ao bullying. In: Momento-Diálogos em Educação, v. 1, n. 28, pp. 328-348, 2019.
MISKOLCI, R (Org.). Marcas da Diferença no Ensino escolar, São Carlos: EDUFSCAR, 2010.
MISKOLCI, R. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
MORENO, A. A personagem homossexual no cinema brasileiro. Rio de Janeiro; Niterói: Funarte; EdUFF, 2002.
OLIVEIRA, A. M. de & MIRANDA, M. H. G. de & SILVA, M. A. da M. P. Questões de gênero, sexualidade e laicidade no ensino público tendo como eixo de debate a disciplina de ensino religioso em escolas de Recife. In: ETD-Educação Temática Digital, v. 20, n. 4, p. 864-886, 2018.
PIMENTA, S. G. Formação de Professores: saberes da docência e identidade do professor. In: Revista da Faculdade de Educação, USP, v. 1, n. 1, pp. 72-89,1996.
PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes Pedagógicos e Atividade Docente. São Paulo: Cortez Editora,1999.
PIRES, A. M. M. da M. Educação do campo como direito humano. São Paulo: Cortez, 2012.
RIAL, C. S. Mídia e sexualidade: breve panorama dos estudos de mídia. In: Movimentos sociais, educação e sexualidades. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
SAFATLE, V. Sexo, Simulacro e Políticas da Paródia. In: Revista do departamento de Psicologia, Niterói: UFF, v. 18, n. 1, 2006.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In Educação & Realidade. Rio Grande do Sul, v. 20, n. 2, pp. 71-99,1995.
SOUZA, J. F. Gênero e sexualidade nas pedagogias culturais: implicações para a educação infantil, Florianópolis: Udesc, 2005.
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes, 2012.
VYGOTSKY, Lev Semenovich et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Debates em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Neste tipo de licença é permitido Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e Adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material). Deverá ser dado o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . O conteúdo não pdoerá ser utilizado para fins comerciais .
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).