Educação, raça e classe: um estudo sobre o aprisionamento provisório na comarca de Arapiraca/AL
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n27p388-409Parole chiave:
raça, classe, educação, encarceramentoAbstract
Compreende-se melhor o elevado índice de encarceramento no Brasil a partir dos condicionamentos estruturais entre raça e classe. Nesse cruzamento estrutural, a variável educação desempenha um papel decisivo, vez que constitui um elemento relevante para a incorporação de saberes formais e competências intelectuais que estão diretamente vinculadas aos critérios profissionais de empregabilidade, obtenção de renda, ingresso no mercado de trabalho e inserção na ordem social competitiva. Este trabalho objetivou compreender a partir de levantamento e análise do perfil dos acusados de furto, roubo e estelionato de processos judiciais em curso na 5ª vara criminal de Arapiraca/AL, a materialização desses elementos no sistema punitivo brasileiro não apenas para confirmar os dados já produzidos acerca do encarceramento em massa, mas para alargar, a partir de uma análise inter-relacional, a compreensão de determinações que atravessam e constituem as trajetórias de alguns indivíduos.Downloads
Riferimenti bibliografici
AMANCIO, T. e BASTOS, P. Arapiraca, em Alagoas, lidera ranking de saldo positivo de vagas de emprego. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 de fevereiro de 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1741524-arapiraca-em-alagoas-lidera-ranking-de-saldo-positivo-de-vagas-de-emprego.shtml. Acesso em: 15 maio 2019.
CARVALHAES, F. e RIBEIRO, C. Estratificação horizontal da educação superior no Brasil: Desigualdades de classe, gênero e raça em um contexto de expansão educacional. Tempo social. Vol.31 n.1 São Paulo: janeiro/abril, 2019. Disponível: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702019000100195. Acesso em: 21 maio 2019.
Departamento Penitenciário Nacional – Ministério da Justiça. Levantamento Nacional de informações penitenciárias. Brasília: INFOPEN, 2014. Disponível em: http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-feira/relatorio-depen-versao-web.pdf. Acesso em: 03 abril 2019.
Departamento Penitenciário Nacional – Ministério da Justiça. Levantamento Nacional de informações penitenciárias. Brasília: INFOPEN, 2017. Disponível em: http://www.justica.gov.br/news/ha-726-712-pessoas-presas-no-brasil/relatorio_2016_junho.pdf. Acesso em: 03 abril 2019.
NORBERT, Elias. A sociedade de corte: investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Tradução de Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes (Vol. 1). São Paulo: Globo Livros, 2014.
GAZETAWEB e Agência Alagoas. Call center vai gerar cerca de 1600 empregos em Arapiraca. GAZETAWEB, Maceió, 12 de outubro de 2014. Disponível em: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia-old.php?c=379937&e=6. Acesso em: 05 abril 2019.
Governo de Alagoas. Alagoas em Dados e Informações. Maceió: 2017. Disponível em: http://dados.al.gov.br/. Acesso em: 28 março 2019.
HASENBALG, C. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
HASENBALG, C.; SILVA, Nelson. Estrutura social, mobilidade e raça. Rio de Janeiro: Vértice, 1988.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/. Acesso em: 23 abril 2019.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): síntese de indicadores. Rio de Janeiro: IBGE, 2014. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94935.pdf. Acesso em: 23 abril 2019.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). IBGE Cidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 23 abril 2019.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais, 2018. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101629.pdf. Acesso em: 23 abril 2019.
CERQUEIRA, Daniel et all (Org.). Atlas da violência no Brasil. Brasília: IPEA e FBSP, 2016. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/downloads/5531-8031-160322nt17atlasdaviolencia2016finalizado.pdf. Acesso em: 05 abril 2019.
MILLS, C. W. A nova classe média (White colar). Tradução de Vera Borda. Rio de Janeiro, 1969, do original norteamericano White Collar, The American Middle Classes, Oxford University Press, 1951.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório do Desenvolvimento Humano de 2014. Disponível em: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf. Acesso em: 03 abril 2019.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Secretaria-Geral da Presidência da República e Secretaria Nacional de Juventude. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasília: Presidência da República, 2015. Disponível em: http://www.pnud.org.br/arquivos/encarceramento_WEB.pdf. Acesso em: 03 abril 2019.
POCHMANN, Márcio (Org.). Atlas da exclusão social no Brasil, Vol 2. A dimensão da exclusão social na primeira década do século XXI. São Paulo: Cortez, 2015.
POCHMANN, Márcio (Org.). Atlas da exclusão social no Brasil: 10 anos depois. São Paulo: Editora Cortez, 2010.
Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS). Mapa de Informações Penitenciárias. Maceió: SERIS, 2017. Disponível em: http://www.seris.al.gov.br/. Acesso em: 03 abril 2019.
Ministério da Saúde. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)/Datasus. Brasília: 2013.
SOUZA, Jessé. A ralé brasileira. Quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
TENÓRIO, Douglas Apratto. O mundo do açúcar em Alagoas. In: Caminhos do açúcar: engenhos e casas-grandes das Alagoas. DANTAS, Cármen Lúcia; TENÓRIO, Douglas Apratto. 2 ed. Maceió: Sebrae, 2010.
WACQUANT, Loic. As Prisões da Miséria. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Neste tipo de licença é permitido Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e Adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material). Deverá ser dado o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . O conteúdo não pdoerá ser utilizado para fins comerciais .
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).