Atividades de astronomia como fomento de inclusão de crianças e adolescentes com deficiência intelectual e autismo do Ensino Fundamental
um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2024v16n38pe18242Palavras-chave:
Deficiência., Inclusão., Ciência e Astronomia., Ensino FundamentalResumo
Este artigo investigou as atividades pedagógicas desenvolvidas por uma professora no preparo para a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e as suas contribuições, como fomento à inclusão de crianças e adolescentes com deficiência intelectual e autismo, no Ensino Fundamental público. Para tanto, levantou-se reflexões sobre como desenvolver um ensino de ciências que atendesse a todos, de forma a trabalhar um ensino contextualizado e que fizesse sentido no momento em que se aprende, consideradas as especificidades de alunos com deficiências. Amparada em um estudo de caso, a pesquisa é de natureza qualitativa, com uma abordagem descritiva e exploratória. As inquietações da pesquisa foram guiadas em torno das contribuições do preparo para a OBA para a inclusão de um aluno com deficiência intelectual e autista, ao ensino de ciências – um estudo de caso. Como resultados, identificamos que o preparo para a OBA promove a inclusão do autista e deficiente intelectual, considerando que o seu conteúdo seja adaptado e a condução docente busque estimular a interação social e autoestima entre todos os alunos. Atividades práticas e multissensoriais desenvolvidas também contribuíram neste processo, permitindo ao aluno em estudo de caso o sentimento de pertencimento na escola e nos processos educativos.
Downloads
Referências
ANACHE, A. A. Dimensões Subjetivas Envolvidas nas Avaliação da Aprendizagem de Pessoas com Deficiência Intelectual. In.: MARTINEZ, A. M.; SCOZ, B. J. L.; CASTANHO, M. I. S. (orgs.). Ensino e Aprendizagem: a subjetividade em foco. Brasília: Liber Livros, 2012.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BISCH, S. Astronomia no ensino fundamental: natureza e conteúdo do conhecimento de estudantes e professores. 1998. 301 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências) - IF/USP, FE, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. 3. ed. Porto: Porto Editora, 1994.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510/2016 – Dispõe sobre a pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/resolucoes/2016/resolucao-no-510.pdf/view. Acesso em: 07 dez. 2024.
BRASIL. Educação inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. Brasília: MEC, SEESP, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf. Acesso em: 06 dez. 2024.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da Educação Básica 2023: notas estatísticas. Brasília, DF: Inep, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br. Acesso em: 21 set. 2024.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal; Secretaria Especial de Editoração e Publicações Subsecretaria de Edições Técnicas, 2005. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf. Acesso em: 07 dez. 2024.
BRASIL. Lei de Inclusão nº 13.146 de julho de 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 08 dez 2020.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Declaração de Salamanca: recomendações para a construção de uma escola inclusiva. Brasília: SEESP/MEC, 2003. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 22 set. 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal.pdf. Acesso em: 21 set. 2024.
CARDOSO, M. A. G. Alfabetização Cientifica na Educação Infantil. São Paulo: Editora Dialética, 2022.
CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2008.
CORDI, I.; CORREA, J. Pesquisa qualitativa e análise de discurso: complementaridade possível. São Paulo: Cortez, 2014.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. P.; PERNAMBUCO, M. M. C. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
DELIZOICOV, D.; LORENZETTI, L. Alfabetização científica no contexto das séries iniciais. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 1-17, jun., 2001. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/ensaio/article/view/10055. Acesso em: 07 dez. 2024.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018. 256p.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas. 1991.
HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
KAUANO, R. V.; MARANDINO, M. Paulo Freire na Educação em Ciências Naturais: Tendências e Articulações com a Alfabetização Científica e o Movimento CTSA. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, e35064, p. 1-28, jan.-dez., 2022. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/35064. Acesso em: 21 set. 2024.
KUNC, N. The Need of belong. Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs. In: VILLA, R. et al. Restructuring for Caring & Effective Education. Baltimore: Paul Brookes, 1992. p. 25-39. Disponível em: https://www.broadreachtraining.com/the-need-to-belong-rediscovering-maslows-hierarchy-of-needs. Acesso em: 06 dez. 2024.
LEMKE, J. L. Investigar para el futuro de la educación científica: nuevas formas de aprender, nuevas formas de vivir. Enseñanza de las ciencias: revista de investigación y experiencias didácticas, Granada, v. 24, n. 1, p. 5-12, set., 2006. Disponível em: https://raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/73528/84736. Acesso em: 06 dez. 2024.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 6. ed. Goiânia: Alternativa, 2013.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. São Paulo: EPU, 2013.
LUIZ, F. M. R.; PFEIFER, L. I.; SIGOLO, S. R. R. L.; NASCIMENTO, L. C. Inclusão de crianças com Síndrome de Down. Psicologia em Estudo, São Paulo, v. 17, p. 649-658, dez., 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pe/a/4GQSqJT5y6H5Tf7G3H9jrzg/. Acesso em: 06 dez. 2024.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão é o Privilégio de Conviver com as Diferenças. Revista Nova Escola: Revista do Professor. São Paulo: Editora Abril. 2005. n. 182. p. 24-26
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
MARQUES, A. C. T. L.; MARANDINO, M. Alfabetização científica, criança e espaços de educação não formal: diálogos possíveis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 44, e170831, p. 6-7, jan.-dez., 2018.
MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa Social - Teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MOREIRA, A. B.; KIKUICHI, V. Z. F. A inclusão da criança com autismo nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Evidência, Araxá, v. 17, n. 18, p. 55-69, 2021. https://ojs.uniaraxa.edu.br/index.php/evidencia/article/view/712/679. Acesso em: 11 dez. 2024.
OBA. Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. 2022. Disponível em: http://www.oba.org.br/. Acesso em: 24 ago. 2024.
SANTOS, V.; ELIAS, N. C. Caracterização das Matrículas dos Alunos com Transtorno do Espectro do Autismo por Regiões Brasileiras. Revista Brasileira De Educação Especial, Marília, v. 24, n. 4, p. 465-482, out.-dez., 2018.
SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Alfabetização Científica: uma revisão bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 59-77, 2011.
SCHMIDT, C. Autismo Educação e Transdisciplinaridade. São Paulo: Papirus, 2013.
SCUSSEL, D. R. As inter-relações do trabalho pedagógico e a deficiência intelectual. Orientadora: Lázara Cristina da Silva. 2018. 223 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
UBERABA. Projeto Político Pedagógico (PPP). Uberaba: Secretaria Municipal de Educação, 2023. 96 p.
VALENTINI, C. B.; GOMES, R. B.; BISOL, C. A. Inclusão de Estudantes com Deficiência Intelectual: Uma Revisão Sistemática da Literatura. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 17, n. 46, p. 125-142, out., 2016. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/25502. Acesso em: 20 set. 2024.
WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis: Vozes, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Debates em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Neste tipo de licença é permitido Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e Adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material). Deverá ser dado o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . O conteúdo não pdoerá ser utilizado para fins comerciais .
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).