Mulher, telejornalismo e estereótipos: classe social, gênero e raça
DOI :
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202169.279-294Mots-clés :
Discurso. Capitalismo. Mulher. JornalismoRésumé
Nosso objetivo neste artigo é discutir os estereótipos que acompanham a participação das mulheres como âncoras do jornalismo televisivo. O papel das mídias na sociedade tem uma importância cada vez mais abrangente e frequente, principalmente em relação ao seu poder de convencimento, tanto através de seus noticiários e também pela velocidade da internet, que podem, em questão de minutos, alcançar um número enorme de leitores e de novas mensagens e, principalmente, pelo silenciamento de notícias que não devem ser discutidas, como quais as mulheres/jornalistas que podem ser contratadas para aparecerem na tela, comandando um programa. Neste artigo, seguiremos a Análise do Discurso Pecheutiana e a Ontologia Lukcasiana como bases teóricas, principalmente no que diz respeito às formas utilizadas para universalização do discurso midiático na construção da história. Os conceitos de luta de classes, ideologia, e silenciamento serão norteadores de nossas análises. A alienação decorrente da própria lógica do capital e do papel da ideologia criam a cena necessária para a implementação de “mudanças” que não podem deixar de se consolidar para toda a sociedade, mas que não interessam aos trabalhadores e trabalhadoras.