A reforma do “novo Ensino Médio”: uma interpretação para o ensino de ciências com base na pedagogia histórico-crítica
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n26p242-260Keywords:
Reforma do Ensino Médio, Novo Ensino Médio, Ensino de Ciências, Pedagogia Histórico-Crítica.Abstract
Neste artigo fazemos um estudo teórico de análise da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que legisla sobre a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, mais conhecida como a Reforma do Novo Ensino Médio. Apresentamos, aqui, os artigos da medida que mais impactaram no Ensino Médio: o aumento da carga horária anual de 800h para 1400h; a escolha dos estudantes por itinerários formativos específicos; a inserção de profissionais com “notório saber” e as regras de financiamento da educação pública. Argumentamos, de acordo com a Pedagogia Histórico-Crítica como essas mudanças afetam a educação e, particularmente, o Ensino de Ciências, negativamente - na perspectiva da formação integral -, acentuando a diferença entre escolas públicas e particulares e prejudicando, principalmente, os filhos e filhas da classe trabalhadora do nosso país, que dependem de um ensino público, gratuito e socialmente referenciado.
Downloads
References
AMARAL, N. C. O “novo” ensino médio e o PNE: haverá recursos para essa política? Revista Retratos da Escola, p. 91-108, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017.
ANUNCIAÇÃO, B. C.; MORADILLO, E. A Pedagogia Histórico Crítica e as funções orgânicas: Uma Proposta de Mediação Didática para o Ensino de Química. Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas, 2014.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm. Acesso em: 18 set. 2017.
BRASIL. Medida provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm. Acesso em: 18 set. 2017.
BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 18 set. 2017.
FÁBIO, A. C. Por que alunos da rede federal têm desempenho parecido com estudantes de países desenvolvidos. Nexo Jornal, 07 dez. 2016. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/07/Por-que-alunos-da-rede-federal-t%C3%AAm-desempenho-parecido-com-estudantes-de-pa%C3%ADses-desenvolvidos. Acesso em: 11 abr 2017.
FRIGOTTO, G. A gênese das teses do Escola sem Partido: esfinge e ovo da serpente que ameaçam a sociedade. In: FRIGOTTO, G. Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação. Rio de Janeiro: UERJ: LPP, p. 144, 2017.
GONÇALVES, S. R. Interesses mercadológicos: e o “novo” ensino médio. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 131-145, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017.
HODSON, D. Realçando o papel da ética e da política na educação científica. In: CONRADO, D. M. NUNES-NETO, N. (Org). Questões sociocientíficas: fundamentos, propostas de ensino e perspectivas para ações sociopolíticas. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 27-57.
KRASILCHIK, M. Reformas e Realidade: o caso do ensino de Ciências. São Paulo em Perspectiva, v. 14, n. 1, 2000, p. 85-93.
KRAWCZYK, N.; FERRETTI, C. J. Flexibilizar para quê? meias verdades da “reforma”. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 33-44, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017.
LAVOURA, T.; MARSIGLIA, A. G. A pedagogia histórico-crítica e a defesa da transmissão do saber elaborado: apontamentos acerca do método pedagógico. Perspectiva, n. 33, 2015.
LINO, L. A. As ameaças da reforma: desqualificação e exclusão. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 75-95, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017
MARTINS, L. M. O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2013.
MOLL, J. Reformar para retardar: a lógica da mudança no EM. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 61-74, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017
MOTTA, V. C.; FRIGOTTO, G. Por que a urgência da reforma do Ensino Médio? Medida provisória nº 746/2016 (lei nº 13.415/2017). Educ. Soc., n. 139, v.38, p. 355-372, 2017.
MOURA, D. H.; LIMA FILHO, D. L. A reforma do ensino médio: regressão de direitos sociais. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 109-129, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 10, n. 39, p. 225-249, ago. 2012. ISSN 1676-2584. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639728/7295. Acesso em: 26 maio 2018.
PINHEIRO, B. S. Pedagogia Histórico-Crítica na Formação de Professores de Ciências (1 ed.). Curitiba: Appris, 2016.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações (11ª ed.). Campinas: Autores Associados, 2011.
SAVIANI, D. Escola e Democracia (42º ed.). Campinas: Autores Associados, 2012.
SILVA, M. R.; SCHEIBE, L. Reforma do ensino médio: pragmatismo e lógica mercantil. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 19-31, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017
SILVA, J. L. B. et al. A dimensão prática da formação da licenciatura em química da Universidade Federal da Bahia. In: ECHEVERRIA, A.; ZANON, L. Formação superior em química no Brasil: práticas e fundamentos curriculares. Ijuí: Unijuí, 2010.
SIMÕES, W. O lugar das Ciências Humanas: na “reforma” do ensino médio. Revista Retratos da Escola, n. 11, p. 45-59, 2017. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 18 set. 2017
SINGER, A, et al. Por que gritamos golpe?: para entender o impeachment e a crise. (1ª ed.). São Paulo: Boitempo, 2016.
SHEN, B. S. P. Scientific literacy and the public understanding of science. In: DAY, S. B. (Ed). The communication of scientific information. Basel: Karger, 1975. p. 44-52.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Neste tipo de licença é permitido Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e Adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material). Deverá ser dado o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . O conteúdo não pdoerá ser utilizado para fins comerciais .
Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).