Humanizar a educação em química?
significados e espaços formativos
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13nEsp2p150-170Palabras clave:
Educação em Direitos Humanos, Educação em Ciências, Formação de Professores, Humanização, Investigar a práticaResumen
Este manuscrito busca responder ao questionamento: quais significados de humanidade emergem a partir das reflexões de licenciandos de Química? Para tal, a partir das interações que surgiram em uma aula da disciplina de Filosofia da Ciência para Química, realizamos uma pesquisa que envolveu a confecção de cartas. À luz da análise do discurso, de inspiração em Michel Foucault, estabelecemos quatro eixos de análises para as cartas: 1) “o humano como produção das Ciências”, 2) “a humanização como processo de sensibilização”, 3) “A humanidade como algo deste mundo”; 4) “O humano como ser distinto por composição”. Por meio de um quadro teórico que envolveu Isabelle Stengers, Michel Foucault, Bruno Latour, Ailton Krenak, Eduardo Viveiros de Castro, Adela Cortina, entre outros, discutimos esses eixos. As reflexões nos proporcionaram pensar, também, sobre qual é o papel da Educação em Química - principalmente no que tange à formação de educadores(as) - na construção desses significados.
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